Vigilância pede reforço da Anvisa para combater mortes por chumbinho


Depois do anúncio da morte de quatro pessoas em apenas 48 horas, causada pela ingestão do agrotóxico Temik 150, mais conhecido como “chumbinho”, em Sergipe, a Coordenadoria de Vigilância Sanitária (Covisa) pediu apoio a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para enviar técnicos que possam auxiliar nas ações de combate à venda deste produto.


 


Segundo Antônio Pádua, coordenador da Covisa, em três anos foram registrados mais de 200 casos de intoxicação provocados pela ingestão acidental ou proposital do chumbinho. “Esses dados caracterizam um grave problema de saúde, uma verdadeira tragédia negligenciada que precisa sair das salas fechadas de reuniões quase sempre realizadas sob pressão dos acontecimentos, para mobilizar a opinião pública, cobrar o engajamento de todas as autoridades competentes para resolver definitivamente o problema”, enfatizou.


 


O coordenador da Vigilância Sanitária da SES informou que a Anvisa já se pronunciou favorável ao envio de técnicos da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat) para a reunião marcada pelo Ministério Público Estadual (MPE) no próximo dia 4 de setembro, às 10 horas, com representantes da Polícia Civil, Vigilância Sanitária Municipal e Estadual, Federação das Associações de Bairros de Aracaju (Fabaju), Guarda Municipal e Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb).


 


Antônio Pádua é favorável à realização de uma campanha de conscientização, educação, informação e orientação como arma para combater o problema, voltada, principalmente, às donas-de-casa. “A população, por desinformação sobre os riscos, continua adquirindo o produto que não tem indicação para combater pragas urbanas. Ele não é um raticida e provoca mais danos que os supostos benefícios”, informou.