A greve dos profissionais da saúde, que durou 53 dias, prejudicou o andamento dos atendimentos em toda a rede. Cerca de 40% dos trabalhadores paralisaram suas atividades e serviços básicos como vacinação, curativos e combate à endemias tiveram um défcit considerável no período parado. Por conta disso, a Prefeitura Municipal de Aracaju, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), trabalhará com metas para que os serviços que foram prejudicados sejam restabelecidos para a população.
Só no caso da vacinação, a queda foi superior a 90%. Em junho, mês em que o funcionamento estava normal, 12.152 crianças foram vacinadas. Já em julho, período de vigência da greve, o número caiu para 616 crianças. Durante todo o período grevista, a Secretaria de Saúde manteve as negociações com o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese) e o Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias do Município de Aracaju (Sacema), cumprindo o compromisso assumido pela atual administração em manter o diálogo aberto com todas as categorias que compõe o serviço público municipal.
Por orientação da Procuradoria-Geral do Município, a SMS realizou o corte de ponto dos profissionais que aderiram à greve. Com o objetivo de restabelecer os serviços prestados à população, a Secretaria busca intensificar os atendimentos para que o prejuízo seja amenizado. “O intuito da Secretaria Municipal de Saúde e da Prefeitura de Aracaju não é o de punir os trabalhadores de forma alguma, o nosso intuito é conseguir ofertar à população os serviços que deixaram de ser ofertados à época da paralisação. Possibilitar aos cidadãos o acesso a serviços que deixaram de ser feitos naquele período. Abrir frentes adicionais de acesso a esses serviços”, explica Ana Débora Santana, secretária-adjunta da SMS.
Ana Débora ainda enfatiza que todas as medidas adotadas serão executadas dentro do horário de trabalho dos servidores. “Devido a todas essas reduções nos serviços, a gente entende que esse retorno deveria ser associado a uma intensificação de ações, para dar conta dessas quedas, dessa desassistência que se gerou. Obviamente, estamos abertos a discutir essas metas de forma que elas sejam diluídas no próprio horário de trabalho das equipes, esclarece.
Sobre as reivindicações da categoria, durante todo o período da greve foi demonstrado que a atual condição financeira da prefeitura não permite o reajuste salarial no momento. Nos outros pontos, medidas já estão sendo tomadas. “Temos unidades que já estão revitalizadas e estamos trabalhando na perspectiva de melhorar as condições dos consultórios, do ambiente do trabalho. O esforço também é para manter o salário em dia. Vimos que os salários atrasaram durante todo o ano passado, então este é mais um esforço da Secretaria. Nosso objetivo é que o trabalhador satisfeito atenda melhor a comunidade", finaliza.
Fonte: PMA