Onco Hematos alerta riscos do fumo e sua relação com o câncer

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado nesta terça-feira, 29 de agosto, tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. Para falar sobre o tema, a clínica Onco Hematos traz orientações a respeito do tabagismo e a sua relação com o câncer.
De acordo com o cirurgião torácico da Onco Hematos, Fernando Coelho, o câncer de pulmão é o mais comum entre os fumantes. “O câncer de pulmão era doenc¸a rara no passado e transformou-se em doenc¸a neopla´sica comum e na mais mortal em todo o mundo. Sua incide^ncia continua aumentando, principalmente entre as mulheres”, explicou.
Ainda segundo o cirurgião, a associac¸a~o entre o tabagismo e o desenvolvimento do ca^ncer de pulma~o foi sugerida, pela primeira vez, na Inglaterra, em 1927. Em 1950 o trabalho de Doll e Hill demonstrou o efeito dose-resposta entre o aparecimento da neoplasia maligna do pulma~o e a quantidade de fumo consumida pelos pacientes. “A mortalidade pelo ca^ncer do pulma~o exibe uma relac¸a~o inversa com a idade do ini´cio do tabagismo. Aqueles que comec¸aram a fumar na adolesce^ncia te^m maior risco de desenvolver a neoplasia do que aqueles que iniciaram com mais de 25 anos. O papel esmagador do tabagismo como principal causa do ca^ncer do pulma~o vem sendo demonstrado exaustivamente nos u´ltimos 60 anos. Cerca de 90% dos tumores do pulma~o poderiam ser evitados simplesmente abandonando-se o fumo. Mais de 90% dos pacientes com ca^ncer do pulma~o sa~o fumantes, incluindo ai´ aqueles na~o fumantes, mas expostos continuadamente a` fumac¸a do tabaco – os fumantes passivos”, informou Dr. Fernando. 
Para o cirurgião, outras causas responsabilizadas pelo aparecimento dessa neoplasia sa~o: fatores gene´ticos, a poluic¸a~o atmosfe´rica e a exposic¸a~o a`s radiac¸o~es ionizantes, ao asbesto e a outras fibras minerais, a` si´lica, ao cromo, ao ni´quel, ao arse^nico, aos hidrocarbonetos polici´clicos. “Entretanto, estes sa~o responsa´veis por menos de 10% dos casos. O ca^ncer de pulma~o e´ uma doenc¸a incomum em quem na~o fuma. E´ a neoplasia com relac¸a~o causa-efeito mais bem estabelecida: praticamente so´ quem fuma tem ca^ncer de pulma~o e, portanto, o melhor tratamento para esta doenc¸a e´ a sua prevenc¸a~o”, disse. 
As manifestações clínicas mais comuns são tosse, escarro com sangue (hemoptise), dispne´ia (falta de ar) e sibilo (chiado no peito). A tosse, seca ou produtiva (com catarro), e´ o sintoma mais comum associado ao ca^ncer do pulma~o, presente em ate´ 75% dos casos. 
Além do câncer de pulmão, o tabagismo também tem relação com outros tipos de câncer como de boca, língua, esôfago, estômago, rins e bexiga. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer  (INCA), a estimativa dos novos casos em 2016 para câncer de traquéia, brônquio e pulmão, além do câncer de esôfago, estômago, bexiga e da cavidade oral foram de 540 novos casos em Sergipe. “Por isso a luta anti-taba´gica deve ser uma responsabilidade continuada entre todos os profissionais da a´rea da sau´de”, finalizou o cirurgião torácico.
Ascom/Onco Hematos