Sintasa denuncia caos na saúde de São Cristóvão


O Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa) realiza quinta-feira, 31/1, das 7h às 9h, na Unidade de Saúde Maria José Figueirôa, no conjunto Eduardo Gomes. O objetivo é denunciar as irregularidades encontradas pelo sindicato na grande maioria dos postos de saúde de São Cristóvão.


“Nós estaremos fazendo panfletagem, para que a população e todos os funcionários do posto tenham conhecimento dessa situação caótica”, relata Beatriz Barbosa, diretora do Sintasa. Desde o ano passado, o sindicato vem visitando todas as unidades de saúde do município e constatou um descaso com funcionários, medicamentos, estrutura, entre outros problemas. Todas as irregularidades foram apresentadas ao Ministério Público, através do promotor de Justiça, Fábio Pinheiro Silva de Menezes.


Funcionários


De acordo com a sindicalista, dentre as irregularidades com os funcionários estão o não pagamento da insalubridade a quem têm direito, atraso e a falta do pagamento dos vales-transporte e os salários, que são sempre pagos com atraso. “Também foi denunciado ao Sintasa, casos de gratificações que são pagas para alguns servidores e outros não recebem. Estamos investigando inclusive para ver se essa é uma questão política”, relata.


Mas a lista de irregularidades não pára por aí. Também foi denunciado que o pagamento dos salários não é o mesmo anunciado no edital do concurso público. “Estamos sabendo também que os funcionários que faltam trabalho por motivo de doença e levam atestados, são ameaçados pelos chefes do setor”, informa Beatriz Barbosa.


Além disso, de acordo com o Sintasa, os ambulatórios trabalham sempre sem enfermeiras; não há treinamento para os agentes de saúde, como também faltam materiais e as fardas dos agentes; não há entrega de contra-cheques aos servidores da saúde de São Cristóvão e o desconto da previdência feito nos salários, não está sendo repassado ao INSS.


Postos precários


Já com relação as instalações dos postos, apesar da precariedade ter sido denunciada há cerca de um ano, a situação atual é praticamente a mesma. “Os consultórios médicos estão deteriorados, faltam medicamentos, os ar-condicionados não funcionam e não há sequer materiais de higiene”, revela Beatriz Barbosa. “Em alguns postos, até mesmo a sala de curativo não tem nem as mínimas condições de higiene. A estrutura é inadequada para atendimento e os materiais de consultório e escritório estão deteriorados. Esses é outros problemas afetam a saúde da população de São Cristóvão”.