Secretário pede participação da sociedade na campanha contra rubéola


O secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho, pediu a participação de todos os setores da sociedade civil organizada, empresas, imprensa, instituições públicas e privadas e órgãos governamentais para mobilizar a população sergipana contra a rubéola. O pedido foi feito durante o encerramento do II Seminário Estadual de Atualização em Doenças Exantemáticas, que aconteceu durante toda esta terça-feira, 15, no Hotel Parque dos Coqueiros, em Aracaju.


O evento, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), fechou o ciclo de mobilizações e capacitações para profissionais feitas pelo Estado para Campanha Nacional de Vacinação “Brasil livre da rubéola”, que acontecerá entre os dias 9 de agosto e 12 de setembro. De acordo com Rogério Carvalho, o desafio da campanha é grande, mas Sergipe se destaca nacionalmente por manter uma tradição que é de atingir metas de cobertura vacinal.


“O Estado tem um trabalho elogiado no Brasil inteiro, graças à competência de nossa equipe. Acreditamos que vamos vencer mais este desafio, que é vacinar quase 700 mil pessoas ao longo dessas cinco semanas”, disse o secretário. “Por isso, é fundamental que todos colaborem na divulgação de informações sobre a vacina para que o público entre 20 e 39 anos compareça em massa aos postos para receber suas doses”, acrescentou.


Situação


De acordo com Katarina Sampaio, consultora do Ministério da Saúde e técnica da Vigilância Epidemiológica da SES, o Brasil sempre conseguiu manter controladas as incidências de rubéola em todo território nacional. Até então em situação confortável, no ano de 2006 o país começou a registrar os primeiros surtos isolados da doença primeiramente em Minas Gerais e depois no Rio de Janeiro e Ceará, até que no ano seguinte, em 2007, 20 estados confirmaram surtos de rubéola, num total de 8.150 casos em todo país.


Em 2006, enquanto os primeiros surtos da doença surgiam no Brasil, Sergipe confirmou apenas um caso da doença. Em 2007, quando houve aumento mais significativo dos casos em nível nacional, Sergipe registrou 11 pacientes com rubéola. Em 2008, até o momento, apenas um caso de rubéola foi confirmado pela Coordenação de Vigilância Epidemiológica do Estado.


“É bom salientar que estamos trabalhando focados no risco do Brasil, que é a síndrome da rubéola congênita. Trata-se de um vírus que prejudica o feto quando contamina mulheres grávidas. Por isso o foco de imunizar homens e mulheres que possam vir a ser pais”, salienta Katarina Sampaio.


Ela explica que assim como a maior parte das viroses, a rubéola também é transmitida pelas vias aéreas, sendo que em adultos ela não apresenta riscos. Já as seqüelas provocadas pela rubéola congênita vão desde a cegueira ou surdez do bebê, passando por anomalias que podem apenas se apresentar de forma tardia, como insuficiências cardíacas e diabetes, entre outros.


Tarefa cumprida


De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da SES, Giselda Melo, há três meses a Secretaria de Estado da Saúde vem realizando sistematicamente o seu papel de capacitar, mobilizar e disponibilizar todos os insumos necessários à realização da campanha. Durante este período, cerca de 250 técnicos dos 75 municípios sergipanos foram capacitados. De acordo com ela, é papel de cada município vacinar a população.


“Foram mais de 90 dias de preparação, capacitando técnicos, mobilizando parceiros e apresentando estratégias para que os municípios possam atingir as metas, já que o público alvo da campanha é composto por pessoas ativas, que trabalham, estudam e que dificilmente encontram tempo durante o dia para ir à unidade de saúde”, explica Giselda Melo, ao informar que uma das estratégias para atingir este público é propor horários alternativos de vacinação, principalmente à noite.


Ainda de acordo com a coordenadora, até o início da campanha, marcada para o próximo dia 9, a SES estará disponibilizando todos os insumos necessários aos municípios. A meta é que 70 milhões de brasileiros entre 20 e 39 anos sejam vacinados nesta, que já é considerada uma das maiores campanha de vacinação do mundo.