Recém nascidos são vacinados contra bronquiolite

Na manhã desta segunda-feira, 3, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) começou a última etapa da imunização anual contra a bronquiolite em crianças que nasceram prematuras. Esta fase da aplicação do anticorpo foi iniciada no follow-up da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, com 73 crianças atendidas. A primeira dose foi oferecida em março deste ano. Os bebês receberam uma dose por mês para diminuir as chances de contrair a doença que é mais comum no período do inverno. 

O anticorpo é oferecido para as crianças que nasceram com peso igual ou inferior a um quilo. No mesmo período do próximo ano, a maioria destas crianças vai receber o anticorpo até completar um ano de idade. Para a médica do Centro de Referências Imunobiológicas Especiais da SES, Maria do Carmo Cabral, com a aplicação do anticorpo, a criança tem menos chances de contrair a doença. “Esta aplicação é diferente de uma vacina porque é um anticorpo que é administrado diretamente no organismo do bebê. Essas crianças que nasceram com baixo peso, por enquanto, estão mais suscetíveis à bronquiolite, mas até completar um ano, elas vão estar mais fortes e poderão produzir anticorpos”, destacou a médica.

Ainda de acordo com Maria do Carmo Cabral, a bronquiolite é uma infecção respiratória que causa tosse, cansaço e em casos mais graves pode levar à morte do bebê. “É importante que as mães façam o acompanhamento das crianças para que possamos diminuir as chances de mortalidade por conta desta infecção. Devo lembrar também que é preciso tomar as cinco doses para garantir a eficácia do medicamento. Temos casos de bebês que só tomaram três doses, o que não é garantia total de prevenção contra a doença”, ressaltou a médica.

Com o fechamento deste ciclo, a SES vai computar todas as informações coletadas para definir a data da imunização do próximo ano. “Com a aplicação do anticorpo, nós observamos o período de maior incidência da doença nas crianças que acompanhamos e definimos o mês em que iniciaremos a aplicação no ano seguinte. Ano passado percebemos que o maior número de casos foi durante o mês de março, por isso que começamos neste mês”, destacou Maria do Carmo Cabral.

Fonte/Foto: ASN