A prolactina é um hormônio presente em todos os mamíferos e está ligada ao estímulo da produção de leite no pós-parto e amamentação e, ainda, ao crescimento das mamas. Apesar disso, ela também aparece no organismo masculino. Índices altos dela são um quadro normal em gestantes, mas pode desencadear problemas em homens e mulheres não-grávidas.
O aumento da produção deste hormônio nas glândulas mamárias é chamado de hiperprolactinemia. Na mulher, o distúrbio provoca o bloqueio na produção dos hormônios LH/FSH, responsáveis pela manutenção do ciclo menstrual e, consequentemente, da ovulação. “Sendo assim, o excesso pode ser causa de dificuldade ou impedimento para ela engravidar”, explica o endocrinologista cooperado da Unimed Maringá, César Eduardo da Silva Guilherme.
Além disso, a mulher pode sentir uma diminuição no libido/desejo sexual e dores nas mamas, ter alterações no ciclo menstrual e a galactorreia (secreção de leite pelas mamas). Já os homens têm como principais sintomas a diminuição da libido e, em alguns casos, a impotência sexual. “Já a cefaleia, as alterações visuais e as tonturas podem acometer ambos os sexos”, detalha o endocrinologista.
Segundo o especialista, as principais causas para a disfunção estão ligadas ao consumo de drogas, a exemplo da maconha; medicações como anti-depressivos, alguns anti-hipertensivos e antieméticos (contra vômito); adenomas de hipófise (tumor na glândula localizada na base do cérebro); insuficiência renal ou hepática; e hipotireoidismo. “Em mulheres, a Síndrome dos Ovários Policísticos e o uso de anticoncepcionais também podem influenciar”.
O incômodo, no entanto, depois de diagnosticado é resolvido com a suspensão de medicações que acarretam a alteração ou ainda a inclusão de remédios específicos para o tratamento. “Os resultados são excelentes na maioria dos casos”, explica o médico.
Fonte: Unimed do Brasil