Além de falarmos sobre os tratamentos convencionais para o câncer de mama, neste Outubro Rosa também devemos desmistificar alguns temas, como exemplo, as medidas simples e não farmacológicas que podem ser associadas ao tratamento do paciente oncológico.
Sabe-se que, tanto para a prevenção como para o tratamento do câncer de mama, é importante a associação de hábitos saudáveis, os quais incluem a prática de atividade física, uma alimentação balanceada e medidas para minimizar o stress.
A prática da atividade física pode reduzir o risco do câncer de mama. Estudos apontam incidência de 15 a 20% menor nas mulheres ativas do que nas mulheres que não se exercitam diariamente, como declara a médica oncologista, Dra. Karina Ferreira: “para as mulheres que estão em tratamento do câncer de mama, os exercícios físicos proporcionam uma melhor qualidade de vida, com menos fadiga e insônia e maior bem-estar. Dados apresentados pela Sociedade Americana de Câncer mostram que pessoas que praticam mais de 7h de caminhada semanal têm menos risco de desenvolver a doença, quando comparada às pessoas que praticam 3h por semana, por exemplo”.
Além disso, o excesso de peso é responsável por 25% dos casos de câncer do mundo, além de aumentar o risco para outros problemas de saúde, como diabetes, hipertensão e demais doenças cardiovasculares.
A oncologista também cita que, em mulheres que já tiveram o diagnóstico de câncer de mama, exercícios físicos podem reduzir a mortalidade em 30 %, especialmente nas pacientes com mais de 50 anos e que apresentaram tumores com receptores de estrogênio positivos. Por isso, os exercícios físicos atuam de maneira positiva na saúde dos pacientes que já trataram um câncer de mama, sendo considerados uma excelente forma de prevenir o retorno da doença, caso que chamamos de recidiva”, explica a médica oncologista. O indicado são 45 a 60 minutos de atividade física, cinco vezes por semana, em uma intensidade minimamente moderada, sempre supervisionada por um profissional de Educação Física que irá trabalhar a individualidade de cada paciente”, explica.
Complementando as informações, Dra. Karina Ferreira pontua a importância do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, com nutricionista, psicólogo e enfermeira.
A partir de então, é válido ainda destacar que a cada etapa, seja para a prevenção, o tratamento ou na manutenção dos casos de câncer de mama, os hábitos alimentares saudáveis, como redução do consumo de carne vermelha e de gordura animal, uso não excessivo de álcool e aumento do consumo de vegetais, frutas e fibras, são imprescindíveis também. “Uma alimentação saudável não só previne, como também auxilia no combate aos efeitos colaterais do tratamento, como náuseas e prisão de ventre. Esse processo de reeducação alimentar deve ser acompanhado por um profissional da Nutrição, fortalecendo deste modo a integração da equipe para a qualidade de vida do paciente”, destaca a médica.
Outra medida fundamental para o tratamento oncológico é o acompanhamento psicológico, uma vez que é de extrema importância a atuação do psicólogo junto ao paciente e a sua família, auxiliando no enfrentamento do processo e reduzindo os riscos dos distúrbios emocionais, como a depressão e transtornos de ansiedade, o que contribui significativamente para o resultado do tratamento. Para a psicóloga, Ana Paula Lima, “é cada vez mais importante que o paciente saiba o que é melhor para si, conhecendo seus limites e respeitando-os. Não há resposta única e correta, há a resposta que faz sentido para cada um”, conclui.
Fonte: Assessoria de Comunicação
