Fenam defende valorização do trabalho médico e uma boa assistência


O presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Eduardo Santana convocou os médicos de Sergipe para se somarem em defesa de melhores condições de trabalho, remuneração e uma saúde pública eficiente. “Precisamos lutar pela valorização do trabalho médico e da boa assistência para todos os cidadãos”, afirmou o médico, durante o almoço ocorrido nesta quinta-feira, 7/2, na Sociedade Médica de Sergipe (Somese).


 


Na reunião, Eduardo Santana destacou os problemas enfrentados pelos médicos em todo o país em relação à sobrecarga de trabalho – 60 horas semanais – e a falta de eficiência dos gestores do serviço público de saúde, que tem prejudicado os pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “É preciso distinguir a responsabilidade do médico e do poder público. As filas de pacientes no serviço público de saúde não é responsabilidade dos médicos. Solucionar este problema é uma tarefa dos governos federal, estadual e municipal”, afirma.


 


Ele lembra que os problemas verificados nos hospitais públicos espalhados pelo Brasil, são decorrentes da falta de investimentos. “Por conta de muitas deficiências, os médicos vem sendo penalizados nos últimos anos. As greves, paralisações e protestos que vem acontecendo representam a reação dos médicos ao caos na saúde”, completa.


 


Roberto Gurgel, presidente da Somese e diretor de Defesa Profissional da Associação Médica Brasileira (AMB), aproveitou a presença de Eduardo Santana, para comentar sobre  um outro importante projeto, que é a elaboração do Plano de Cargos e Salários unificado dos médicos. “O momento é esse. É justo, é oportuno que a gente possa se reunir para fazer essa cobrança aos gestores públicos”, defendeu.


 


Paralisação Nacional


O presidente da Fenam também destacou os preparativos para a Paralisação Nacional, que acontecerá no dia 5 de março em todo o Brasil. “Todas as entidades representativas dos médicos estão envolvidas nos últimos preparativos”, informa.


 


Eduardo Santana também veio a Aracaju acompanhar de perto a greve por tempo indeterminado, deflagrada na última quarta-feira, 6/2, pelos médicos que trabalham para a Prefeitura Municipal de Aracaju.