Entidades médicas promoverão café para parlamentares federais


A Sociedade Médica de Sergipe (Somese) e demais entidades médicas do Estado estarão realizando um café da manhã na próxima sexta-feira, 16/5, onde pretendem reunir os parlamentares sergipanos que compõem a bancada federal. A categoria quer o engajamento dos deputados e senadores na discussão sobre a Emenda Constitucional nº 29 (EC 29), que define os recursos a serem aplicados na área da saúde. O encontro está marcado para as 7h30, na sede do Sindicato dos Médicos de Sergipe.


Tramitação da Emenda Constitucional 29


O plenário do Senado corrigiu o erro que havia no texto do Projeto de Lei 121/07, do senador Tião Viana, que regulamenta a Emenda Constitucional 29. Sem a correção, em vez de a União destinar R$ 10 bilhões a mais por ano para a saúde, o aumento seria apenas de R$ 5 bilhões.


O projeto foi aprovado em 9 de abril pelo Senado, também por unanimidade. Mais tarde, ficou constatado que, ao aceitar uma subemenda durante a votação, havia uma incoerência entre dois artigos com referência a “receitas correntes brutas” da União.


O texto votado pelos senadores, além de definir os que são ações específicas de saúde, muda a forma de correção do orçamento da saúde para 10% das receitas correntes brutas da União, de forma escalonada, a partir de 8,5% este ano.


Em 2009, essa correção será de 9,0%; em 2010, de 9,5%; e em 2011, de 10%. Levando-se em conta uma receita de R$ 711 bilhões, o orçamento da saúde este ano deverá chegar a R$ 60 bilhões; em 2009, a R$ 64 bilhões; em 2010 a R$ 67,5 bilhões; e em 2011, a R$ 71,1 bilhões. “Esse dinheiro é suficiente para estancar a crise e salvar o Sistema Único de Saúde”, garantiu o deputado Darcísio Perondi, que também defende um choque de gestão.


O texto aprovado pelos senadores prevê ainda um prazo para que os Estados que não vêm cumprindo a Emenda Constitucional 29 possam se adequar. Eles terão quatro anos para destinar 12% de sua receita para a saúde. Atualmente, 19 dos 27 Estados não cumprem a Lei e não destinam os recursos constitucionais obrigatórios para o setor. Já os municípios, que na sua maioria cumprem a Lei, têm que destinar 15% de sua receita para a área de saúde.


A correção foi aprovada com 55 votos. Agora será encaminhada à Câmara dos Deputados.