Cai em 95% número de casos de doenças provocadas pelo Aedes

A Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgou o primeiro boletim epidemiológico deste ano dos casos notificados de dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Os números mostram uma redução de 95% no número de casos, em relação ao mês de janeiro de 2016. Este ano, até o momento, foram notificados 18 casos das três doenças, enquanto no ano passado foram 377 notificações em todo o mês.  Esse é um número histórico, o menor já registrado nos últimos 10 anos. 

Taíse ressalta também que a greve dos médicos não tem influencia na redução dos casos notificados. "A greve começou há poucos dias e a redução já é observada desde o início do ano. Além disso, 90% das nossas notificações partem da Rede de Urgência e Emergência, que são os hospitais, onde os médicos mantêm o atendimento conforme determina a lei. Nesse contexto também é importante deixar claro que todos os profissionais de saúde, e não somente os médicos, são obrigados a notificar a Vigilância Epidemiológica  sobre os casos de dengue, zika e chikungunya, como preconiza o Ministério da Saúde".De acordo com a diretora da DVS, Taíse Cavalcante, a redução do número de casos foi provocada por três principais pontos. "Primeiro a gente pode destacar o cuidado maior da população em relação aos focos. A chegada da microcefalia de certa forma assustou os aracajuanos, fazendo com que os cuidados dentro de casa fossem redobrados, eliminando possíveis criadouros. O segundo ponto é com relação aos vírus: como os três já circularam, muita gente já tem a proteção e não vai desenvolver a doença novamente. No caso da dengue essa regra se aplica para quem já teve os quatro tipos do vírus da doença. E a terceira condição é a própria circulação do vírus. Como nesse momento nós não temos os vírus circulando em grande quantidade, consequentemente menos pessoas são acometidas pelas três doenças. Assim, são vários fatores que juntos permitem que atualmente a gente tenha  o controle maior das doenças", explicou.

Números

De acordo com o boletim da Vigilância Epidemiológica, o número de casos notificados em janeiro de 2017 é o menos dos últimos 10 anos. Do início do ano até agora foram  12 casos de dengue, cinco de chikungunya e um de zika. Enquanto que em janeiro de 2016 foram 246 de dengue, 127 de chikungunya e quatro de zika.

Alerta

Apesar dos números baixos apresentados no boletim epidemiológico, a diretora da DVS faz um alerta a população. "É importante que as pessoas que apresentem sintomas de uma das três doenças procurem um médico, não façam tratamento dentro de casa. A gente faz esse apelo porque é a partir dos casos notificados que nós poderemos mapear os bairros com maior número de pessoas adoecidas e traçar estratégias de trabalho de combate ao Aedes Aegypti", disse Taíse Cavalcante.

Os principais sintomas da dengue são febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, náuseas, vômito e coceira no corpo. Os da chikungunya são parecidos com o da dengue, no entanto, as dores nas articulações são mais intensas. Já os da zika são manchas vermelhas pelo corpo, coceira, febre baixa e dor de cabeça.

Fonte/Foto: Ascom SMS