Informe Epidemiológico registra aumento de casos de chikungunya em Sergipe

O Informe Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta semana registra que, das três doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, a chikungunya é a que mais cresce em Sergipe. São 8.370 casos prováveis, desde 2016, distribuídos em 72 municípios. Em comparação ao informe anterior, são 41 novas ocorrências suspeitas. O boletim semanal objetiva atualizar a situação das notificações de casos e consequências das arboviroses transmitidas pelo Aedes. 

Dos casos notificados de chikungunya, 6.364 foram confirmados, e, somente em 2017, foram dez prováveis e duas confirmações. “Na lista dos seis municípios com as maiores taxas de incidências estão São Cristóvão (4.562,02), Umbaúba (2.057,45), São Miguel do Aleixo (1.768,32), Carmópolis (1.478,68), Santa Luzia do Itanhi (1.192,54) e Itabaianinha (1.024,06)”, informa a coordenadora do Núcleo de Endemias da SES, Sidney Sá. 

O boletim também aponta 25 casos prováveis de dengue em Sergipe este ano. As notificações partem das Regiões de Saúde de Aracaju, Estância e Nossa Senhora do Socorro. Do total, seis ocorrências já foram confirmadas até o momento.

Além dos casos registrados, o Informe também mostra um histórico da doença desde 2016 até a semana epidemiológica 03/2017. Neste período, o estado soma 3.502 ocorrências prováveis de dengue, sendo 1.891 confirmadas em 72 municípios sergipanos. As cidades com as maiores taxas de incidência (casos/100.000hab.) são: Pedra Mole (2.750,86), Nossa Senhora de Lourdes (2.479,21) Itabaianinha (1.224,52) Tobias Barreto (971,29), Telha (694,01) e Cedro de São João (526,32).

Já com relação ao zika vírus, há o registro de dois casos prováveis na semana epidemiológica 03 de 2017. No entanto, sem confirmação até o momento. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Endemias da SES, Sidney Sá, são 220 casos prováveis da doença desde o ano passado, distribuídos em 26 municípios, com 30 confirmações. “As maiores taxas de incidência estão registradas em São Miguel do Aleixo (1.768,32), Umbaúba (150,74), Santa Luzia do Itanhy (108,41), São Domingos (82,03), Arauá (75,66) e Moita Bonita (61,43)”, informa.

Diante deste cenário, Sidney alerta sobre os cuidados que cada pessoa deve manter em sua casa. “Não custa lembrar que o mosquito se desenvolve bem perto de nós, aproveitando apenas um pequeno descuido. Por isso, não podemos esquecer de manter a caixa d’água fechada adequadamente, não deixar recipientes que possam acumular água expostos (garrafas, pratos de plantas e outros), lavar regularmente recipientes como toneis e outros depósitos de água. Cuidados básicos e que fazem a diferença”, pontuou.

Microcefalia

Com relação à microcefalia, o Informe Epidemiológico desta semana registrou dois casos descartados, um no município de Riachão do Dantas e o outro em Nossa Senhora da Glória, ambos notificados na segunda semana de 2017. Após investigação, os bebês foram confirmados como Pequeno para a Idade Gestacional (PIG), rejeitando, assim, a ocorrência da má-formação congênita.

Desde a implantação da notificação compulsória da microcefalia até semana epidemiológica 03/2017, foram notificados 272 casos em Sergipe. Foram registrados 14 óbitos, destes sete confirmados, dois descartados e cinco em investigação.

Do total de notificações, 128 já foram confirmados, 86 descartados e 58 continuam em processo de investigação. Os casos estão distribuídos em 56 municípios do estado, sendo que a região de Aracaju aparece com maior número de notificações (98), seguida por Nossa Senhora do Socorro (43), Estância (37) e Itabaiana (29).

Fonte/Fotos: ASN