A leptina, o hormônio que regula o peso do corpo por meio da supressão do apetite, influi nos circuitos cerebrais que nos indicam que temos fome ou estamos satisfeitos. A revelação é de um estudo do Semel Institute for Neuroscience and Human Behavior, de Los Angeles, nos Estados Unidos. Compreender como a leptina altera as funções cerebrais dá uma idéia sobre como o hormônio deveria operar normalmente, destacaram os pesquisadores. “Em última instância, isto poderá ajudar a identificar novos objetivos para o tratamento da obesidade e de desordens metabólicas relacionadas”, disse Edythe London, professor de psiquiatria do instituto. A equipe analisou a atividade cerebral de três pessoas obesas, quando eram expostas a impulsos visuais de comida. Todos os voluntários eram membros de uma família turca que tem excesso de peso, devido a uma rara mutação genética que provoca deficiência de leptina. Para ver como a leptina afetava sua relação com a comida, as imagens de alimentos foram exibidas antes e depois da aplicação do hormônio. As imagens incluíam comida calórica como frango frito, pizza e hambúrguer, e de baixa caloria, como frutas e saladas, além de imagens neutras, como azulejos. O tratamento com leptina reduziu a sensação de fome estimulada pelas imagens. A administração do hormônio também foi associada a uma atividade mais branda em regiões cerebrais associadas à fome e a uma maior atividade em zonas do cérebro ligadas à satisfação alimentar. Fonte: France Presse