Febre alta, vômito e diarréia constante. Quando a criança apresenta esses sintomas tem grandes chances de estar infectada pelo rotavírus. Para se ter uma idéia da gravidade do problema, cerca de 400 mil crianças morrem por ano nos países em desenvolvimento vítimas da doença. No Brasil, a doença é responsável por 30% dos casos graves de diarréia em menores de cinco anos. Mas já existe uma maneira bastante eficaz de prevenção. O Ministério da Saúde disponibiliza em toda rede pública uma vacina para recém-nascidos capaz de prevenir contra a doença. São duas doses gratuitas, uma aos dois meses de idade e outra aos quatro meses. O Brasil foi o primeiro país a distribuir a vacina contra o rotavírus na rede pública. Desde 2006, ela faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Para produzir a vacina é utilizado o vírus vivo, atenuado, capaz de desenvolver a imunidade no corpo. As doses são administradas por via oral, o que diminui as possibilidades da criança sofrer de algum efeito colateral. Só não devem tomar a vacina aquelas com quadros graves de imunodeficiência, como os portadores do vírus HIV. Saiba mais sobre o rotavírus Entende-se por rotavírus como uma família de vírus que causa principalmente a gastroenterite, que é uma infecção que agride o conjunto gastro-intestinal (estômago e intestino). O período de incubação da doença varia de um a três dias. Os principais sintomas são vômito, febre e diarréia líquida constante, que, se não tratada pode levar a uma grave desidratação e até ao óbito. As crianças pequenas estão mais suscetíveis ao problema, já nos adultos os casos são mais raros. Por este motivo a vacinação contra rotavírus privilegia os recém-nascidos. A transmissão do rotavírus acontece de forma fecal-oral. Ou seja, o vírus é expelido nas fezes da criança e vai para o meio ambiente. Mãos sujas, alimentos e objetos contaminados facilitam o contágio. Além da vacinação, algumas medidas de higiene são fundamentais para prevenir a infecção por rotavírus. Fontes: Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações.