A Unidade de Terapia Semi-Intensiva do Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE) estará liberada para admitir novos pacientes a partir desta quarta-feira, 24. A desinfecção ambiental do espaço, determinada pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), será concluída ainda nesta terça, 23. O trabalho começou no último sábado, 20, e atingiu as superfícies fixas da unidade (teto, paredes e chão), todo o mobiliário como camas e macas, além de aparelhos. De 18 de setembro à primeira semana de outubro, o SCIH detectou a presença da bactéria Acinobacter Baumanii Multirresistente (AB-MDR) em sete pacientes que estavam internados não apenas na Semi-Intensiva, como também na UTI do HUSE. De imediato, a Comissão de Controle e o corpo técnico do HUSE tomaram todas as medidas emergenciais necessárias para evitar um surto de infecção hospitalar. Quadro atual Até esta segunda-feira, 22, sete pacientes permaneciam internados na Semi-Intensiva, um deles ainda colonizado (com a forma não-infecciosa) pela bactéria. Em novo relatório técnico emitido pela SCIH, a infectologista Iza Lobo, coordenadora do Serviço, decidiu sugerir a transferência para a Semi-intensiva do único paciente da UTI com cultura suspeita de isolamento da bactéria Acinobacter. A sugestão foi dada após uma reunião de avaliação com a participação da gerência clínica da UTI e acatada na noite do mesmo dia. “O paciente foi transferido para a UTI a fim de permitir a conclusão da desinfecção e liberação da Semi-Intensiva”, explica a coordenadora do SCIH. Com a transferência deste paciente para a UTI, há agora 12 pessoas internadas na unidade, das quais cinco com suspeita de colonização pelo Acinetobacter Baumannii e nenhum infectado. Segundo Iza Lobo, a desinfecção ambiental da UTI ainda não pôde ser iniciada, o que deverá ocorrer ainda esta semana. Precauções No relatório emitido pelo SCIH, Iza Lobo informa que novas culturas de vigilância (exames para detecção de bactérias) serão coletadas dos pacientes internados na UTI nesta quarta-feira, 24, e os resultados deverão estar disponíveis na sexta, 26. De posse deles, o Serviço vai reavaliar a eficácia das medidas que vêm sendo adotadas e a estudar a possibilidade de fazer a desinfecção ambiental para posterior liberação da UTI para admissão de novos pacientes já no próximo final de semana. “As medidas de contenção têm sido efetivas e impedido a disseminação do germe porque nenhum novo caso foi registrado desde o início de sua implementação”, destacou Iza Lobo, ao reafirmar que a bactéria Acinobacter Baumanii não provocou nenhuma morte no HUSE. “As duas mortes que aconteceram entre os sete pacientes não foram causadas pela infecção por Acinetobacter, mas por outras complicações como hemorragia cerebral e arritmia cardíaca”, esclareceu.
