Três sergipanas concorrem ao Prêmio Betinho


O Prêmio Betinho – Atitude Cidadã quer valorizar as pessoas que praticam no dia-a-dia a luta contra a fome e a promoção da cidadania. Quer ainda dar rosto, voz e reconhecimento a quem participa ativamente da comunidade onde vive e acredita que cada um, a seu jeito pode fazer a sua parte para construir um Brasil melhor e mais justo. O Prêmio também quer ser um estímulo para que todos encontrem sua forma de participação.


 


Em Sergipe estão concorrendo três pessoas. Josefa de Lourdes Santos Pacheco – professora aposentada, casada, mães de três filhos (01 adotivo), 60 anos e moradora da Colônia Treze, interior de Sergipe. Foi membro em meados de 1985 da equipe de Comit no Combate à Fome/Betinho, no alto sertão sergipano. Josefa hoje faz parte da equipe Estadual da Coordenação da Pastoral da Criança, no Projeto Alimentação Saudável/Multimistura/Hortas Caseiras, há mais de 20 anos, projeto que tem como objetivos a redução da mortalidade e da desnutrição infantil e a prevenção de doenças.


 


O trabalho de Udinha, como Josefa é conhecida, é voluntário multiplicador e transformador. As comunidades atendidas pelo projeto são muito pobres e passam por problemas graves como a falta de saneamento básico, desemprego, freqüente desagregação familiar e condições de solo e clima desfavoráveis. O trabalho da Alimentação Saudável também vem acompanhado de estímulo para que as comunidades desenvolvam trabalhos de geração de renda – artesanais e formação de voluntariado.


 


Maria Aparecida Dias Santos Menezes – 43 anos, é professora, casada, tem dois filhos legítimos e 28 adotados. Cida, como é conhecida por todos, é fundadora do orfanato Lar Peniel, na cidade de Simão Dias, em Sergipe. Na casa, moram 28 crianças (meninos e meninas), com idades entre 1 a 14 anos, vítimas de abandono, de violências sexuais, de pais aidéticos e de uma infância esquecida. Cida mantém essa família com seu salário de professora R$ 470,00 mensais e o salário de vaqueiro do marido R$ 130,00, além de doações. A luta para manter o orfanato é a vida de Cida. Atualmente ela trabalha na mobilização das pessoas da comunidade para conseguir uma casa própria para o Lar Peniel, que hoje funciona em um espaço cedido pela Associação de Bairros dos Moradores.


 


Maria Heloisa Veloso Maia Gutierres Ballester – É professora, alfabetizadora e diretora presidente do Instituto Beneficente Emmanuel (IBEM), instituição fundada em 1999, no bairro de Santa Maria. Reconhecida como Utilidade Pública Municipal e Estadual, a IBEM possui certificação dos Conselhos Nacional de Assistência Social e do Conselho Municipal da Assistência Social. A instituição trabalha com projetos sociais e educativos, visando à informação educativa da cidadania, assistindo crianças, jovens, adultos, mães e gestantes. Maria Helena está à frente de projetos como: palestras, atendimento odontológico e médico ambulatorial, assistência nutricional, oficinas de terapia ocupacional, distribuição de enxovais (confeccionados pelas próprias gestantes) e grupo de apoio aos dependentes do álcool e aos seus familiares. A instituição mantém ainda a Creche Mãe Maria, que atende atualmente 45 crianças carentes, na faixa de um a seis anos. Maria Helena lançou um projeto de vassouras recicladas (com material Pet), cujas máquinas da fábrica de reciclados foram repassadas para outra instituição que trabalha com a reciclagem, a Cooperativa de Catadores de Lixo do bairro Santa Maria.


 


Em cada município listado no site, a Rede COEP e Organizações parceiras, indicaram três pessoas para participarem do Prêmio, a partir de iniciativas desenvolvidas localmente. Não puderam ser indicadas pessoas que são, ou foram nas duas últimas legislaturas, candidatas a cargos eletivos nos poderes executivo e legislativo, no âmbito dos governos municipal, estadual ou federal. Os indicados nos municípios de uma mesma região concorrerão a um Prêmio regional.