Síndrome do Impostor atinge mais pessoas que têm profissões competitivas

Conhecido também como pessimismo defensivo, a Síndrome do Impostor não é classificada como doença mental, mas sim um sintoma, ou seja, pode estar associada a alguma doença como depressão, TDAH, transtorno bipolar do humor ou apenas um fator isolado.

Muito comum entre pessoas que têm profissões competitivas, a síndrome atinge principalmente as mais inseguras e que internalizam julgamentos por falhas no desempenho e críticas. Uma pesquisa do International Journal of Behavioral Science revelou que mais de 70% das pessoas são afetadas por pensamentos impostores no ambiente de trabalho em algum momento de suas vidas.

Eline Posener

“O termo Síndrome do Impostor foi termo usado pela primeira vez em 1978 pelas psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes e indica uma percepção de si mesmo como uma fraude intelectual, ou seja, não sou tão bom/boa quanto os outros pensam que sou. Todos nós nos sentimos alguma vez assim na vida, mas têm pessoas que sofrem demais com isso e precisam de uma busca séria de autoconhecimento para ter mais segurança em si mesmos”, explica a psicóloga Eline Posener (CRP19/1418), da Attento Consultórios & Consultoria.

Os estudos apontam as mulheres como as mais acometidas devido ao fator sociocultural, assim como os tímidos e crianças que foram cobradas e comparadas na infância de uma forma excessiva.
“Eu mesma já me senti assim em alguns momentos, como no início da minha carreira de psicóloga, onde me vi sem ser aluna, mas sim como a profissional responsável”, revela Posener.

“Vale também ressaltar que, os recém-formados ou as pessoas que se sentem que não merecem tal cargo ou crescimento profissional, mesmo tendo toda capacidade, entram em sofrimento e começam a buscar justificativas para falhar e punirem-se”, acrescenta.

As principais características da Síndrome do Impostor são sentimento de não pertencimento (acham que não merecem estar onde estão), autossabotagem (criam formas para perder chances e sucessos), procrastinação (sentimento de insegurança sobre a atividades a serem executadas e, por isso, procrastinam), ingratidão (por dificuldade de perceber em si coisas boas, não aceitam elogios e são ingratos com quem os oferece), autodepreciação (vivem falando mal de si mesmas), comparação (só veem coisas boas nos outros e nunca nelas próprias, comparam-se a todo tempo e criticam-se excessivamente).

“Os indivíduos que acham que sofrem com a Síndrome do Impostor devem procurar ajuda qualificada de um psicólogo(a) para que sejam avaliados e, buscando o autoconhecimento junto com as técnicas que o profissional fará uso, ver uma melhora significativa em todos os âmbitos da sua vida”, orienta Eline Posener.

Assessoria de Imprensa | Attento Consultórios & Consultoria