Saúde Municipal pede colaboração durante visitas domiciliares para combater a dengue

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Fonte: Agência Estado

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“É um problema meu, seu e de todos. A dengue pode matar”. É com esse slogan que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) pede o apoio da população para combater a doença. Até o último dia 20 de fevereiro, foram notificados 180 casos na capital. Desse total, 70 foram por análise laboratorial ou vínculo epidemiológico – quando em um determinado bairro há vários casos correspondentes.


“Esse chamado é extremamente importante. A ação isolada da SMS não é suficiente. Embora tenhamos um trabalho intensivo no combate ao mosquito Aedes aegypti, ele está espalhado pela cidade. O índice de pendências é alto pelo fato das pessoas não abrirem suas casas aos agentes”, informa a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Aracaju, Tânia Santos.


Os agentes de endemias realizam visitas domiciliares em caráter bimensal e, em cada casa, procuram focos de dengue. Esses podem ser encontrados em recipientes com água parada, a exemplo de latas abertas, pneus e vasos de plantas.


“No momento em que começamos a fazer o levantamento de índices, percebemos que a população em geral não está colaborando conosco. Passamos em alguns locais e quinze dias depois os focos voltam a aparecer”, pontua a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Taíse Cavalcante.


Conscientização


A dificuldade de acesso é maior nos bairros de classe média alta, a exemplo do Jardins, Atalaia, Coroa do Meio e 13 de Julho. Uma causa possível do empecilho é o medo que os moradores têm de assaltos. Os agentes de endemias, no entanto, portam identificação. A população deve exigir que eles mostrem algum documento que comprove o trabalho de vigilância.


Um único mosquito da dengue tem o raio de alcance de cerca de 100 metros. Uma rua inteira pode estar comprometida se um morador resolver não participar da campanha. Os vizinhos podem contribuir por meio de conversas. Podem inclusive ir com o agente até as outras residências para falar da importância da ação preventiva. “Em casos de relutância, o Ministério Público pode ser acionado”, frisa Tânia Santos.


A Secretaria Municipal de Saúde, além das visitas, desenvolve ações educativas nos bairros de Aracaju. O grupo de teatro ´A Arte de Prevenir é Melhor Que Remediar´, da Coordenação de Educação Permanente em Saúde (Coeps), é um exemplo. Por meio esquetes e canções, o lúdico é celebrado na união entre educação e saúde. O teatro é apresentado em feiras livres e outros locais públicos da cidade.