Saúde explica a diferença entre serviços do Samu e do Sriha

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) e o Serviço de Remoção Inter-hospitalar Assistida (Sriha) são dois importantes braços do Sistema Único de Saúde (SUS). Com grande resolutividade, cada um deles possui um perfil assistencial para cuidar com humanização da saúde dos sergipanos. 

O Samu 192 Sergipe tem como finalidade garantir a assistência qualificada e a prestação de socorro à população em casos de urgência e de emergência no ambiente pré-hospitalar. Ele pode ser acionado pelos sergipanos através do número 192 (de forma gratuita) em diversas situações como: problemas cardiorrespiratórios, intoxicação, crises convulsivas, acidente vascular cerebral (AVC), acidentes com produtos perigosos, acidentes de trânsito, entre outros.

“O solicitante fala inicialmente com o Técnico Auxiliar de Regulação Médica (TARM), responsável por colher dados como: endereço, ponto de referência, nome, número do telefone do solicitante e o tipo de ocorrência. Após o primeiro contato, a ligação é encaminhada ao médico regulador”, explica Glícia Ramos, superintendente do Samu 192 Sergipe.

O médico regulador é o profissional apto a realizar o primeiro atendimento, identificando a necessidade do paciente e definindo qual a resposta para a solicitação (enquanto realiza as primeiras orientações), até que uma motolância, uma Unidade de Suporte Básico (USB) ou Avançado (USA) seja direcionada ao local solicitado. “Nossa intenção é sempre chegar o mais rápido possível até a vítima, principalmente nos casos em que o tempo-resposta é essencial para um melhor diagnóstico”, esclarece Glícia Ramos.

O Samu 192 Sergipe está vinculado à Central de Regulação das Urgências, em funcionamento no Complexo Regulatório Estadual, que tem a função de realizar a regulação pré-hospitalar móvel e o encaminhamento para a unidade hospitalar mais indicada ao atendimento ao paciente, além de monitorar todas as unidades de saúde que compõem a Rede Estadual de Urgência e Emergência.

As viaturas do Samu 192 Sergipe também podem ser acionadas em demandas consideradas eletivas, mas de alta complexidade. Nestes casos são enviadas Unidades de Suporte Avançado (USAs). 

“Não se faz agendamento com o Samu porque ele trabalha com uma demanda que é espontânea. É impossível fazer uma previsão de quantas ocorrências estarão ocorrendo em cada momento. Assim, os procedimentos de pacientes considerados críticos, mas de caráter eletivo, serão realizados de acordo com a disponibilidade da viatura, já que a prioridade para o envio é sempre para o paciente que está na rua, ainda sem atendimento médico”, ressalta.

Tripulada por condutor e técnico em enfermagem, as Unidades de Suporte Básico contam com materiais para curativo, imobilização e acesso venoso. “Além do Desfibrilador Automático Externo (DEA), que é equipamento eletrônico para a reversão das arritmias cardíacas pela aplicação de um pulso de corrente elétrica de grande amplitude, em um curto período de tempo. Ele é fundamental para iniciar as manobras do Suporte Básico de Vida (BLS) em situações de parada cardiorrespiratória (PCR)”, pontua Glícia Ramos.

Já as Unidades de Suporte Avançado, mais conhecidas como UTIs Móveis. “Essas ambulâncias dispõem de monitor multiparâmetros, ventiladores mecânicos, bombas de infusão e medicações específicas como trombolíticos (essenciais em pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio), adrenalina (utilizada em PCR), além de todo material e equipamentos para imobilização. As equipes assistenciais das USAs são compostas por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e condutores socorristas”, esclarece Glícia Ramos.

Remoção Inter-hospitalar Assistida 

Destinado às remoções inter-hospitalares, o Serviço de Remoção Inter-Hospitalar Assistida (Sriha) tem um importante papel na otimização dos leitos entre a Rede Estadual Hospitalar em Sergipe. O serviço é responsável por todo o transporte de pacientes de baixo risco, atendendo também às demandas de logística.

“A abertura do chamado para a utilização do Serviço é realizada pela Central de Regulação de Leitos, que é parte do Complexo Regulatório Estadual, onde serão solicitados os parâmetros clínicos do paciente e a triagem realizada por um enfermeiro. A partir dessa regulação, a base aciona equipe para o transporte”, explica a coordenadora geral do Sriha, Luísa Dantas.

O perfil dos pacientes que são transportados pelo Sriha segue a classificação de Baixo Risco, identificado a partir da confirmação de parâmetros clínicos que serão conferidos pelas equipes assistenciais solicitantes.

“Todas as remoções são realizadas em ambulâncias tipo A e B equipadas conforme padrão do serviço, com equipe composta por condutores e técnicos de Enfermagem qualificados”, complementa Maria Luísa Dantas.

O serviço atende as unidades assistenciais vinculadas à Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), na remoção de pacientes entre as unidades hospitalares da Rede que integra o Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado e, também, em altas hospitalares.  

Fonte: Ascom SES