A Sociedade de Anestesiologia do Estado de Sergipe (Saese) promoveu no período de 18 a 20 de julho, o curso de Anestesia Regional. O evento, que contou com o apoio da Cooperativa dos Anestesistas de Sergipe (Coopanest-SE) e da Cristália, aconteceu de forma híbrida, sendo os dois primeiros dias no formato on-line e o último presencial, no auditório do Centro Médico Joubert Uchôa. A proposta foi trazer para os participantes o que há de novidades em termos de anestesia regional.
“Esse foi um curso solicitado pelos nossos associados, que estavam sentindo falta deste curso de atualização, de uma prática que nem todos estão acostumados em realizar no dia a dia. A anestesia regional salva o anestesista de algumas situações de trabalho, evitando que sejam feitas outros tipos de anestesia, a exemplo da anestesia geral. E esta é a primeira vez que fazemos esse curso só com instrutores locais, algo bastante positivo, porque mostra que temos pessoas capacitadas no nosso estado”, enfatizou o presidente da Saese, Lucas Wynne Cabral.
De acordo com o presidente da Coopanest-SE, José Eduardo de Assis, esse tipo de abordagem hoje já é realizada em todos os hospitais do Estado, tanto particulares quanto os que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“É uma satisfação muito grande saber que temos essa prática do uso do ultrassom para conduzir procedimentos anestésicos disponível em todos o Estado, e que os colegas estão estudando, se atualizando, se aperfeiçoando, saindo de casa no seu dia de folga, no sábado, ou até mesmo saindo direto do trabalho, para estudar, aprender e se aperfeiçoar. O profissional bem preparado atende com segurança o paciente, que é o nosso principal objetivo, independente dele ser particular ou SUS”.
No dia presencial do curso, Dr. Lucas Wynne ficou responsável por uma das estações de treinamento.
“Mostrei como fazer o bloqueio do plexo braquial, em cirurgias de braço. Mas houve outras estações, como para bloqueio de membro inferior, para coluna e como fazer o agulhamento usando a estrutura Phantom, que é própria para esse treinamento. Com esse treinamento, o anestesista tem segurança ao realizar as manobras anestésicas, trazendo benefícios para os pacientes”.
O anestesiologista Jorge Taqueda ressaltou que a prática trouxe mais conhecimento e segurança para os participantes.
“Estamos aqui hoje mostrando o uso do ultrassom na coluna lombar, para mostrar os marcos, os pontos anatômicos, para facilitar a vida desses colegas na realização dos bloqueios de coluna lombar. Fizemos uma demonstração ampla de quais estruturas anatômicas, quais pontos, quais marcos eles devem ter na memória, para localizar em todos os pacientes. E passamos algumas regras e dicas de como fazer melhor a punção, para realizar esses bloqueios. Isso agrega muito, principalmente na qualidade do atendimento ao paciente porque vai ter uma anestesia, vai ter uma analgesia, um controle de dor no pós-operatório muito melhor. Nosso bem maior é prestar um atendimento de qualidade e com segurança aos nossos pacientes” , disse o anestesiologista Jorge Taqueda.
“Fiquei responsável pela estação de membros inferiores, onde trouxe uma abordagem individualizada para cada grupo e para cada participante aqui no curso, desde os bloqueios mais clássicos e mais fáceis, como o femural, até os bloqueios mais recentes e mais avançados, como bloqueio o iPac, o da cápsula posterior do joelho e o bloqueio de Nicolares”, informou o anestesiologista Lécio Bourbon.
Para o médico residente do Hospital Universitário de Aracaju, Jean Ricardo Novaes, o curso de Anestesia Regional atendeu as expectativas.
“O curso foi bem completo, pois tivemos dois dias de teoria antes da parte prática, abrangendo os principais bloqueios, que tivemos a oportunidade de treinar. Vimos situações que acontecem no dia a dia, e na parte prática, conseguimos saber quais as principais indicações anestésicas para cada situação”.
“A Saese sempre prima pela boa prática, técnica e atualização científica dos associados. E este foi um evento de atualização do uso da ultrassonografia em anestesia, pensado em melhorar a técnica aplicada com o uso deste equipamento. A categoria faz uso há alguns anos, mas aqui é mais recente, entretanto já temos profissionais especializados, como os colegas que foram instrutores nessa edição do curso”, destacou o presidente da Coopanest-SE, José Eduardo de Assis.
Atuaram também como instrutores os anestesiologistas Gildo Neto, Walter Oberdan e Hyder Gurgel.