Um hábito comum entre os brasileiros pode causar sérios problemas à saúde: a automedicação. O alerta é da farmacêutica Trícia Coelho. Segundo ela, muitas pessoas são vitimas de intoxicação medicamentosa devido ao hábito de tomarem remédio por conta própria. “Tomar um remédio indicado por um familiar, amigo ou vizinho pode trazer sérios riscos a saúde”, afirmou.
A presença de um farmacêutico nas farmácias é lei e ele deve ser consultado pelo consumidor em caso de dúvidas a respeito do uso racional do medicamento, sobre a substituição por um genérico, similar ou de referência. Trícia Coelho informou ainda que, os medicamentos similares poderão ser mais uma alternativa aos medicamentos de referência, conhecidos como de remédios de “marca”, assim como ocorre com os genéricos.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a ideia é que, em uma mesma prescrição médica, o consumidor possa comprar um remédio similar, contanto que contenha os mesmos princípios ativos indicados pelo medicamento de referência. “Para comprovar a equivalência entre os remédios os similares terão que ser submetidos à mesma investigação que os genéricos”, explicou Trícia Coelho.
Outra orientação passada pela farmacêutica é com relação ao cuidado ao se guardar o medicamento. “Ele deve ser guardado em lugar fresco e seco, não ficar exposto ao sol, como no carro ou na mochila e longe do alcance de crianças. Outro lembrete é que pílulas e comprimidos devem ser tomados com água”, explicou, acrescentando que o paciente deve estar atento a qualquer reação adversa no uso do medicamento e comunicar imediatamente ao médico e também à ouvidoria da Anvisa.
Ler a bula, atentar para a data de validade e não reaproveitar os medicamentos, principalmente os antibióticos, são dicas importantes passadas pela farmacêutica, lembrando a importância de seguir corretamente a prescrição médica, observando os horários que eles devem ser tomados. Em caso de esquecimento, Trícia Coelho aconselha que é melhor tomar o remédio assim que o atraso é percebido e ajustar um novo horário para as próximas doses, levando em conta o intervalo entre uma dose e outra.
Trícia Coelho, que atua na área oncológica na Clínica Onco Hematos, ressalta ainda a atuação do profissional de farmácia na cadeia de assistência ao paciente em tratamento. “Nós da Onco Hematos, além de orientar e passar informações sobre o tratamento, também esclarecemos dúvidas relacionadas aos efeitos colaterais que a medicação pode causar e as condições de uso da mesma”, destaca.
