Regionalização do atendimento hospitalar apresenta boa resolutividade no Estado


Fotos: Márcio Garcez


A dona de casa Maria Menezes Mendonça, 35, moradora do povoado Várzea do Gama, em Itabaiana, não imaginava que passaria por tantas complicações durante a gestação de sua filha mais nova, Maria Luiza Menezes, hoje com um ano de vida. O parto foi realizado às pressas, em março do ano passado, na Maternidade Hildete Falcão Baptista, em Aracaju, onde o bebê permaneceu internado durante sete meses, entre a Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN) e a enfermaria da unidade.


Transferida no mês de outubro para o Hospital Regional de Itabaiana, a pequena Maria Luiza vem recebendo na unidade hospitalar o atendimento e cuidado que a sua condição requer. “Ela nasceu com paralisia cerebral e pouco mais de 2 kg. Muita gente não acreditava que ela sobreviveria. Eu também cheguei desenganada na Hildete Falcão. Aliás, o parto foi antecipado porque os médicos queriam salvar pelo menos a minha vida”, recordou a dona de casa.


A história de Maria Menezes e sua filha é apenas um exemplo da atenção que o Governo tem dado à saúde dos sergipanos, seja na capital ou no interior. “Sou muito grata pelo atendimento que a gente recebeu, desde o primeiro dia de vida de Maria Luiza. Na maternidade, em Aracaju, e aqui no hospital de Itabaiana, os profissionais nos acolheram com muito carinho e atenção. É uma verdadeira família, sempre de prontidão para nos atender”, comentou Maria.


De acordo com a enfermeira Ana Virgínia César, o quadro clínico de Maria Luiza tem apresentado bons resultados. “Apesar de ser um problema delicado, ela está se desenvolvendo bem, crescendo, ganhando peso e tendo mais reflexo nos movimentos. A respiração ainda é auxiliada por um traqueóstomo, mas os avanços são evidentes”, disse a enfermeira, acrescentando que a alta hospitalar da criança depende de uma série de questões que já estão sendo viabilizadas.


“As pessoas costumam pensar que só encontrarão serviços especializados e atendimento qualificado na capital. Aos poucos, os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) estão percebendo que essa realidade vem mudando”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho. Segundo ele, o Governo vem trabalhando para ofertar não apenas os serviços a que as pessoas têm direito, mas ofertá-los de maneira regionalizada, com a dignidade que os cidadãos merecem.


Atenção hospitalar


Desde o ano passado, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) pôs em prática um amplo projeto de reestruturação da rede hospitalar, padronizando e modernizando as unidades que já existiam, e iniciando a construção de novos hospitais no interior. “São investimentos que representam de forma concreta a atenção que o Governo dispensa a todos os sergipanos”, frisou o secretário, ao comentar que já estão licitadas a reforma e padronização dos hospitais locais de Simão Dias, Porto da Folha e Boquim.


Também já foram licitadas as construções dos novos hospitais regionais de Estância e Lagarto, e o objetivo é expandir as obras de reforma e padronização para os regionais de Nossa Senhora da Glória e Nossa Senhora do Socorro. Integram ainda este projeto as reformas das unidades locais de Tobias Barreto, Poço Redondo, São Cristóvão e Neópolis. Ainda na área hospitalar, além do novo Pronto-Socorro do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), estão programados investimentos na construção do primeiro Hospital do Câncer de Sergipe e as reformas da maternidade de Capela e da Hildete Falcão.