Radiações de celular suspeitas de causar câncer


O celular, um dos grandes avanços da telefonia, virou alvo de suspeitas em relação ao câncer. Isto porque ele conta com um campo magnético que transmite as chamadas radiações não ionizantes. Segundo a epidemiologista do INCA, Ubirani Otelo, é possível que essas radiações provoquem o surgimento de alguns tipos de câncer.


 


A epidemiologista destaca que, apesar de não existirem evidências de que o uso do celular causa a doença, muitos estudos desenvolvidos no mundo corroboram cada vez mais esta suspeita.


 


O diretor do Instituto de Câncer da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, Ronald Herberman, aconselhou os 3 mil funcionários do Instituto, no mês passado, a não esperar pelos estudos definitivos sobre o risco de câncer e entrar em ação desde já: “Nós não devemos aguardar os resultados aparecerem, é melhor ser cauteloso demais agora do que nos lamentarmos depois”, avisou.


 


De acordo com o jornal BBC News, apesar da falta de pesquisas conclusivas de instituições de ponta sobre o assunto, sabe-se, por exemplo, que os aparelhos celulares emitem sinais de rádio e campos eletromagnéticos que penetram no cérebro humano.


 


Para a técnica do INCA, Ubirani Otelo, o principal efeito da rádio-freqüência de campos eletromagnéticos é o aquecimento dos tecidos do corpo. “Não há dúvida de que a exposição em curto prazo para níveis muito altos de campos eletromagnéticos pode ser prejudicial à saúde”, ensina.


 


Por isso, Ubirani alerta para os riscos da irradiação diária sobre os seres humanos: “Se utilizarmos o aparelho diariamente por 30 minutos, em seis anos, sob o padrão de efeito biológico, os efeitos mais comuns serão câncer de cérebro, de ouvido e de pele.


 


Ela recomenda que as pessoas evitem, sempre que possível, essa exposição. “Quando a pessoa fica o dia inteiro falando no celular, ou com o celular ligado, está recebendo as ondas eletromagnéticas.” Ela aconselha a não dormir com o celular próximo do corpo ou da cabeça, no caso de pessoas que o usam como despertador. Da mesma forma, aconselha a não se andar com o aparelho no bolso da camisa.


 


As crianças também devem tomar cuidado. Segundo a epidemiologista, “quando elas brincam com os joguinhos do celular também estão recebendo radiações, que podem aumentar o risco de desenvolvimento de leucemias e câncer de cabeça e pescoço”, esclarece Ubirani.


 


Fonte: Inca