Panela não é tudo igual!


Nos Estados Unidos 43% das panelas vendidas atualmente são de aço inoxidável. No Brasil, mesmo sem estatísticas sobre o assunto é possível supor que as panelas de alumínio e aço inox também fazem mais sucesso do que os outros tipos de panela. O que preocupa os estudiosos é que durante o cozimento a maioria das panelas libera substâncias que podem alterar a composição dos alimentos e conseqüentemente influenciar na saúde das pessoas. Para confirmar o que a cultura popular já indicava, a nutricionista Késia Quintaes em seu livro “Por Dentro das Panelas” (ed. Varela, 2005) traz informações sobre este utensílio indispensável em cima do fogão.


 


Panelas de ferro


Liberam ferro e por isso ajudam a prevenir a anemia, geralmente são indicadas para pessoas que necessitem de uma quantidade maior de ferro no organismo como gestantes e crianças. Mas não é aconselhável guardar alimentos nela, pois a liberação excessiva dos minerais pode comprometer o sabor dos alimentos.


Cozinhar cenoura ou chuchu em uma panela de ferro pode não ser uma boa idéia, pois podem ficar muito escuros após o cozimento. 


 


Panelas de aço inoxidável


Libera pequenas quantidades de ferro, cromo e níquel (que é tóxico) nas primeiras vezes de uso. Evite a ingestão de níquel com um procedimento simples: ferva água três vezes seguidas na panela nova e só depois a utilize para cozinhar alimentos.


Use apenas água e detergente neutro. Cloro e sal não são indicados. 


 


Panelas antiaderentes


O revestimento antiaderente evita que o metal entre em contato com a comida. Mas há hipóteses, não conclusivas, de que quando o alimento preparado possui alto teor de proteína, como ovos e carnes, sejam formados compostos indesejáveis.


Quando for lavar a panela, evite polir com esponja para não eliminar sua cobertura antiaderente.


 


Panelas de alumínio


Desde a década de 70 existem suspeitas de que o alumínio tenha efeitos nocivos à saúde, inclusive relacionados ao mal de Alzheimer. Pessoas com a doença apresentam uma quantidade maior de alumínio no cérebro, no entanto, não se sabe se o acúmulo é causa ou conseqüência do problema. Por hora, não custa prevenir. Alguns procedimentos podem diminuir a migração do material para a comida.


Antes de usar a panela pela primeira vez, ferva água, repetidas vezes, até que apareça uma marca escura dentro da panela. Na hora de limpar não tente remover a marca causada pela fervura da água, e evite polir a parte interna com esponja ou limpá-la com vinagre e limão.


Evite cozinhar alimentos com molho de tomate neste tipo de panela.


 


Panelas de pedra sabão


Podem liberar ferro, cálcio, magnésio e manganês, minerais importantes e benéficos para o organismo. Mas devem ser curadas da maneira adequada para que não liberem níquel, que é um metal tóxico. Passe óleo vegetal por dentro e por fora da panela, encha-a de água e leve ao forno por duas horas a temperatura de 200º C. Repita o procedimento antes do primeiro uso.


Muita atenção na hora da limpeza, pois com o passar do tempo ela pode ficar porosa e reter restos de alimentos, o que facilita a proliferação de microorganismos.


 


Outros materiais:


– As panelas esmaltadas evitam a migração do metal que constitui a panela para a comida. Mas não as utilize se foram fabricadas antes de 1985, pois as tintas da época podem ser tóxicas.


 


– Cerâmicas decorativas, antigas ou artesanais não devem ser utilizadas para preparar alimentos.


 


– Panelas de barro não são boas para preparar alimentos com pouco caldo e devem ser curadas antes de usar. Coloque três colheres de sopa de óleo refinado e leve a panela ao fogo até a fumaça escurecer.


 


– Panelas de vidro são boas para guardar alimentos, pois não liberam metais.


 


Fonte:  Unimed


Autor: Mariana Mesquita Maciorowski