Eduardo Azevedo, especialista em tratamento de câncer de pulmão.
A clínica Onco Hematos reuniu pneumologistas no Armazém Bacco, na noite de terça-feira, 2/8, para discutir sobre os “Avanços no tratamento do câncer de pulmão”. O tema foi abordado do ponto de vista da farmacologia, do cirúrgico e do quimioterápico. “A nossa idéia é aprofundar cada vez mais as discussões sobre o assunto, aproximando os profissionais envolvidos no processo, explicou o oncologista Eduardo Azevedo, especialista em tratamento de câncer de pulmão.
Iniciando os debates da noite, a farmacêutica da AstraZeneca, Verônica Santos falou sobre as novas drogas que estão em desenvolvimento. Logo em seguida, o oncologista Eduardo Azevedo, que integra a equipe da Onco Hematos, relatou sobre o papel da oncologia clínica no câncer de pulmão. “Esta é a neoplasia que tem a maior incidência em pessoas, em homens e mulheres juntos”, disse.
De acordo com Dr. Eduardo, a cada dia surgem remédios melhores, que são aplicados de acordo com a dimensão da neoplasia de cada paciente. “Graças aos estudos avançados, hoje temos como obter uma resposta mais positiva de cada paciente, individualizando o tratamento”, explicou, completando que a mulher fumante é mais suscetível a desenvolver um câncer de pulmão do que o homem que fuma.
“Este é uma tema de grande importância dentro da oncologia, que devemos estar discutindo sempre, pois o câncer de pulmão é o que mais mata no mundo”, alertou o oncologista. A estimativa de novos casos da neoplasia para este ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é de 27.630, sendo 17.800 em homens e 9.830 em mulheres.
Dando prosseguimento às aulas da noite, o cirurgião torácico Eduardo Azevedo falou sobre as novidades no manejo cirúrgico. “A tecnologia evoluiu e com ela os métodos para diagnosticar cada vez mais cedo os casos do câncer de pulmão. E temos que desenvolver sempre um trabalho em conjunto, a cirurgia e o tratamento da neoplasia, para obter resultados positivos”, comentou, apresentado os vários tipos de cirurgia torácica. “A mais indicada para os casos de câncer de pulmão é a vídeo assistida”, informou.
Tratamento
Ainda durante o bate papo, Dr. Eduardo informou aos presentes que, seja em Aracaju, no Hospital Sírio-Libanês (SP) ou nos Estados Unidos, não há diferença no tratamento. “É o mesmo tratamento, pois as drogas estão disponíveis em todos os lugares”, disse, destacando ainda que os laboratórios têm ajudado, no sentido de dar mais agilidade na definição do tratamento mais indicado para cada paciente. “Graças aos avanços tecnológicos, em uma semana já é possível definir o tratamento”.
Apesar desse avanço, a farmacêutica Verônica Santos lamenta o fato de as novas drogas não estarem acessíveis a todos. “Os medicamentos mais novos são mais caros e a maioria não está acessível para os pacientes do Sistema Único de Saúde, o SUS”.