Motociclistas socorristas do Samu recebem novos Equipamentos de Proteção Individual

Em um tempo-resposta que vai de quatro a nove minutos sobre duas rodas, eles salvam vidas, minimizam traumas e atuam na reversão de quadros clínicos graves. São os motociclistas socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe), que na manhã de terça-feira, 23, receberam novos e modernos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), em solenidade realizada no auditório do Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse).

Adquiridos com recursos da Secretaria de Estado da Saúde (SES), os 25 kits dos modernos EPI’s têm um equipamento inovador: uma armadura que protege a caixa torácica e a cervical dos motociclistas socorristas, item que deixou todos entusiasmados e sentindo-se mais seguros, particularmente porque o que se espera deles é a chegada rápida ao local da chamada ou ocorrência. Além da armadura, os profissionais receberam capacete, macacão, luvas e capa de chuva.

Os 1.200 atendimentos realizados no ano de 2020 por duas equipes diárias de motolâncias revelam a importância destes profissionais no atendimento pré-hospitalar  aos pacientes, como destacou o superintendente do Samu, Dênison Pereira da Silva, salientando que esta modalidade de socorro foi implantada em Sergipe em dezembro de 2008.  São duas equipes diárias que atuam apenas na capital e estão nas bases Siqueira Campos (Zona Norte) e Unit (Sul).

“O serviço é muito importante para atender todas as urgências clínicas e traumáticas que ocorrem na capital. Mas é preciso salientar que todos os motociclistas socorristas são técnicos em enfermagem, são profissionais qualificados, habilitados e conhecedores das práticas-técnicas que a função exige. A entrega dos EPI’s vem validar o serviço que eles fazem no dia a dia e fortalecer ainda mais o tempo resposta diminuído, a própria segurança em si e agregar benefícios para a população”, considerou.

Compartilha do mesmo entendimento o supervisor do serviço de motolância, Wesley dos Reis Costa. “O nosso foco é o tempo resposta para que a gente possa chegar o mais rápido possível ao paciente”, enfatizou. O supervisor ainda destacou que os motociclistas socorristas atendem a todo tipo de ocorrência, de acidentes a partos, AVC e infartos, com a missão de estabilizar o paciente até a chegada de uma Unidade de Suporte Básico (USB) ou Unidade de Suporte Avançado (USA).

Eles trabalham em dupla e dividem por dois os equipamentos que utilizam no atendimento às urgências. “Nas motolâncias transportamos cilindro de oxigênio, material de acesso venoso e de imobilização, soro, ataduras, gazes, tala, colar cervical e desfibrilador”, listou o supervisor do serviço, salientando que eles trabalham com os mesmos equipamentos, medicamentos e insumos utilizados em uma USB.

A motociclista socorrista Aline Maciel do Nascimento foi a primeira mulher em Sergipe a entrar para o serviço de motolâncias, há 10 anos. Com a experiência adquirida ao longo da década e de muitas situações críticas enfrentadas, ela considera o dia de hoje um marco. “Quando somos acionados o que nos move é a missão de salvar vidas, por isso precisamos chegar rápido ao local e às vezes, enfrentamos alguns perigos. Assim, receber EPI’s modernos, de qualidade, que ampliam a nossa segurança, é muito importante. É um momento ímpar”, declarou a motociclista socorrista.