O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do Laboratório Central de Saúde Pública atende aproximadamente 7 mil pacientes de 73 municípios sergipanos por mês. Apenas os municípios de Aracaju e Itabaiana não recorrem ao serviço porque possuem estrutura própria. Em funcionamento há quatro anos, o CTA realiza exames para prevenir e detectar doenças sexualmente transmissíveis (DST) e o vírus HIV. Os atendimentos são encaminhados por médicos do Programa de Saúde da Família (PSF) ou surgem de forma espontânea, quando o próprio paciente procura o Laboratório Central porque sente a necessidade de fazer exames. Considerado referência no Estado, o Centro atua de segunda a sexta-feira, das 7 às 17 horas, com uma equipe formada por quatro profissionais, incluindo uma assistente social, uma laboratorista. A rotina para realização da testagem inclui aconselhamento coletivo e individual, além de palestras com informações sobre as doenças virais. Segundo a assistente social Tânia Maria Santiago, coordenadora do CTA, todos os pacientes são atendidos no chamado pré-teste através de entrevistas. Em seguida, eles são encaminhados à coleta de material para os exames. Cada paciente recebe orientações sobre como agir a depender dos resultados de seus exames. Resultado seguro Caso seja detectada alguma enfermidade, o paciente retorna ao laboratório para repetir o exame e se o resultado for confirmado, ele é encaminhado a um médico infectologista do Centro de Atendimento Especializado da Secretaria de Saúde de Aracaju (Cemar) para a terceira testagem de confirmação dos resultados e, se for o caso, início do tratamento necessário. Os exames encaminhados via CTA e realizados no Laboratório de Sorologia e Virologia detectam, além do vírus HIV, a evolução da carga viral em pacientes contaminados e doenças como sífilis e as hepatites B e C. O Centro de Testagem trabalha em parceria com o Programa DST/AIDS da Secretaria de Saúde do Estado e com a Secretaria de Saúde da capital. Educação e prevenção De acordo com assistente social Tânia Santiago, a falta de informação e acesso aos serviços de saúde podem ampliar a vulnerabilidade da população. “Esses fatores influenciam no comportamento das pessoas, que podem adotar comportamentos de risco para as doenças sexualmente transmissíveis e, principalmente, a AIDS”, opina. O médico José Sérvulo Nunes, diretor-técnico do Laboratório Central, alerta que para fazer o teste HIV no CTA é preciso um prazo mínimo de três meses após o ato sexual de risco, já que antes disso o vírus não aparece no exame. “É fundamental promover um diálogo que permita esclarecer para o paciente que comportamento de risco pode tê-lo levado a adquirir alguma doença”, ressaltou. O Centro de Testagem e Aconselhamento do Laboratório Central de Saúde Pública está localizado na rua Campo do Brito, 551, bairro São José, em Aracaju.