Em Aracaju, o tratamento contra a tuberculose acontece nas 43 Unidades de Saúde da Família (USF), que dispõem de toda a medicação distribuída gratuitamente, além de um Centro de Referência especializado. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) acompanha todo o processo que vai do diagnóstico até o tratamento final do paciente.
A tuberculose é conhecida por ser uma doença identificada em um indivíduo que apresente três semanas consecutivas de tosse seca ou com escarro e emagrecimento acelerado. Em Aracaju, de janeiro a outubro, já foram confirmados 131 casos de pacientes que procuraram as Unidades de Saúde para se cuidar.
A coordenadora do Programa Municipal de Combate à Tuberculose, Tânia Santos, explica que essa doença é transmitida pelo ar, ou seja, quando uma pessoa infectada fala, espirra ou mesmo tosse próximo a outras pessoas, a bactéria entra pelas vias orais e se aloja no pulmão da pessoa, causando diversos efeitos colaterais, como vômitos, enjôo, urina avermelhada, indisposição.
“Quando a pessoa infectada começa a fazer o tratamento e sente uma significativa melhora, pois alguns bacilos já morreram, ela acha que está curada e abandona o tratamento, o que é um grande erro, pois as bactérias podem voltar e se tornar mais resistentes. O paciente deve cumprir todo o cronograma de medicação para se livrar da doença por completo”, relata a coordenadora.
O diretor da Rede de Atenção Primária e Vigilância em Saúde (REAPS), Geison Ricardo, assegura que todo o medicamento oral é disponibilizado gratuitamente pelo SUS de Aracaju, ofertado nas Unidades de Saúde. “A cada etapa do tratamento, o paciente diminui a quantidade de comprimidos até se curar por completo”, explica.
O secretário municipal de Saúde, Silvio Santos, ressalta que o cuidado com a saúde deve ser prioridade. “Não devemos permitir que aquela tosse deixe de ser tratada ou o paciente abandone o tratamento. Oferecemos em toda a nossa rede uma estrutura que garante o direito à saúde e medicamentos gratuitos”, afirma.
Novos casos
O Brasil ocupa o 19º lugar no ranking de países com maior número de casos, com uma estimativa de 92 mil casos por ano. São 4,7 mil mortes por ano, sendo a 4ª causa de mortes por doenças infecciosas e a 1ª causa de morte dos pacientes com AIDS. Em Aracaju, pelos parâmetros da Organização Mundial da Saúde, estima-se o aparecimento de 240 casos novos a cada ano. Em 2010 foram descobertos 144 casos e em 2011, 131 casos até o mês de outubro.
Fonte: SMS