O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reuniu hoje (10), em Brasília (DF), a equipe técnica do órgão com a finalidade de montar uma estratégia de prevenção e de enfrentamento da dengue em 2009. Entre as medidas que estão sendo avaliadas, está a criação de uma Força Nacional de combate à dengue. Como resultado da reunião, Temporão anunciará, nos próximos dias, uma estratégia de mobilização de governadores, prefeitos e as escolas de todo país em torno da necessidade de ações intersetoriais e permanentes para manter a dengue sob controle. O ministro da Saúde informou que está avaliando a proposta feita por secretários estaduais e municipais de saúde de criação da Força Nacional, para enfrentar situações de emergências, como a que o Rio de Janeiro vive hoje. Temporão reafirmou que a grande preocupação é o risco elevado de desmobilização das prefeituras por ocasião das eleições municipais deste ano. Temporão alerta que, caso isso ocorra, pode haver demissão de agentes de endemias que atuam no controle da dengue nos municípios, o que aumentará o risco de epidemias. Plano de Contingência para 2009 Nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro (RJ), os secretários do Ministério da Saúde, Francisco Campos (Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde), e José Noronha (Atenção à Saúde), reuniram-se com o diretor do Departamento de Residência Médica e Projetos Especiais em Saúde do Ministério da Educação, José Wellington dos Santos, com o secretário de Estado de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Cortes, além de reitores, diretores de hospitais universitários e coordenadores dos cursos das áreas de saúde para definir um plano de contingência da dengue em 2009. Universidades públicas e escolas politécnicas sugeriram a capacitação de profissionais de saúde, a mobilização da comunidade acadêmica no trabalho de prevenção e a criação de uma rede de informações com experiência adquirida na epidemia de dengue deste ano. De acordo com as instituições acadêmicas, os resultados das ações utilizadas no controle da dengue no estado, bem como todo o material de campanha de prevenção à doença, devem ficar permanentemente acessíveis aos profissionais de saúde. Essas informações formariam uma base de dados para consulta em caso de necessidade nos próximos anos. Além da capacidade instalada de leitos destinados à Central de Regulação do Estado, que os hospitais universitários já disponibilizam, desde a baixa até a alta complexidade, incluindo UTIs pediátricas e especialistas, os cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Veterinária apresentaram ações que vão desde a formação profissional, como a criação de cursos de extensão e cadeiras específicas para o estudo e tratamento da doença, até a convocação de estudantes para participar de campanhas educativas de prevenção e cuidados com a dengue, voltadas para a comunidade.