A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes iniciou segunda-feira, 3/12, o atendimento às gestantes de alto-risco de todo o estado. Para receber a demanda externa, uma equipe multiprofissional que envolve assistentes sociais, psicólogas, enfermeiras e médicos ginecologistas e obstetras já está atuando em escala da plantão. Desde a última quinta-feira, 29, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), começou a transferência dos serviços da Hildete Falcão para a Nossa Senhora de Lourdes. Os setores de Farmácia, Nutrição, Laboratório, Almoxarifado, Lavanderia e Administração foram os primeiros a entrar em funcionamento. Nesta fase de transferência, os servidores que atuam na recepção e ouvidoria estão fazendo o trabalho de orientação das mulheres que ainda procuram os serviços da Maternidade Hildete Falcão. Para as pacientes que não possuem carro particular, a SES disponibilizou ambulâncias para garantir o deslocamento seguro das pacientes de uma instituição para outra. Segundo o diretor da maternidade, George Caldas, é importante deixar claro para toda a população que a Nossa Senhora de Lourdes só receberá casos considerados graves. Por isso, os profissionais de saúde fazem uma triagem para definir a classificação de risco. “Como era feito anteriormente, as gestantes de médio e baixo-risco serão encaminhadas para a Maternidade Santa Isabel”, conclui. Primeiro parto O primeiro bebê da Nossa Senhora de Lourdes nasceu na manhã desta segunda-feira. A agricultora Rejane Lopes, de Nossa Senhora das Dores, deu a luz a uma menina prematura de aproximadamente seis meses. Pesando apenas 1,160 kg, a recém-nascida foi encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIn), onde está recebendo os cuidados necessários. Falhas estruturais Apesar dos trabalhos iniciados, alguns setores da maternidade começam a enfrentar os primeiros problemas herdados do projeto original. Neste final de semana, uma pia usada na copa para o apoio da equipe de nutrição caiu durante a lavagem dos pratos. De acordo com a gerente da nutrição, Ingrid Novaes, a base de mármore que deveria dar apoio à cuba de alumínio não suportou o peso. “Como as paredes não são perfuráveis, a pia foi apenas colada. Além do susto, a queda inviabilizou temporariamente as atividades da cozinha”, informa Ingrid. Com a notificação do caso, a gerência administrativa da maternidade deve iniciar uma avaliação em todas as pias da unidade para garantir a segurança dos pacientes e principalmente evitar acidentes de trabalho. Hildete Falcão Mesmo com a mudança, a Maternidade Hildete Falcão manterá a assistência aos bebês que estão na Utin (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal). Por orientação médica, eles não devem ser transferidos e ficarão no prédio sendo acompanhados pelos neonatologistas até receberem alta. O ambulatório de retorno pediátrico do Projeto Mãe-Canguru, Banco de Leite e o Serviço de Referência no Atendimento às Vítimas de Violência Sexual também continuam funcionando no antigo endereço. A intenção do Secretário de Estado da Saúde Rogério Carvalho é garantir a reforma da Hildete para que ela possa ser reaberta mais tarde oferecendo uma melhor estrutura às gestantes de Sergipe.
A paciente elogiou o serviço e disse que está se sentindo bem acolhida nas novas instalações. “Apesar de saber que o estado da minha menina é bem delicado, estou confiante no trabalho de todos”, disse Rejane. Além dela, outras pacientes ocupam os leitos de enfermaria da nova maternidade. Na ala verde estão mães e filhos assistidos pelo Projeto Mãe Canguru, que tem como meta aumentar o peso dos bebês prematuros.