Obesidade abdominal ainda é fator de risco pouco valorizado por médicos


Resultados de uma pesquisa conduzida em 28 países, incluindo o Brasil, mostram que os médicos estão mais conscientes dos riscos associados ao diabetes e às doenças do coração, mas ainda são poucos os que dão a devida atenção a fatores como o excesso de gordura ao redor da cintura, o baixo nível de colesterol bom (HDL) e o nível elevado de triglicérides.


 


RAIVA FAZ MAL AO CORAÇÃO



Para homens que estão em estado de pré-hipertensão, uma disposição furiosa ou nervosa pode aumentar o risco de doença cardíaca, segundo estudo publicado ontem na revista científica Annals of Family Medicine. E, além disso, o estresse em longo prazo pode aumentar em 68% o


risco em homens e mulheres



 


A pesquisa, feita com 11 mil pessoas, mostrou que apenas 24% dos clínicos reconhecem a gordura na abdominal como um fator que predispõe a doenças metabólicas e cardiovasculares. Somente 24% deles citam a taxa de triglicérides como aspecto de risco, e 12% consideram que os níveis baixos do colesterol bom são um ponto importante.


 


Segundo evidências recentes, para se ter um coração saudável é preciso verificar cinco características: circunferência abdominal, taxa de açúcar no sangue, colesterol bom e ruim, triglicérides e pressão arterial.


 


A pesquisa, batizada de Forma das Nações, é realizada todos os anos pela farmacêutica Sanofi-Aventis, em conjunto com a Federação Mundial do Coração, a Associação Internacional para o Estudo da Obesidade e a Federação Internacional de Diabetes. Sua divulgação coincide com o Dia Mundial do Coração, celebrado no próximo domingo.


 


Informação 


De acordo com as entrevistas realizadas, 80% dos médicos acreditam que seus pacientes não estão bem informados sobre como reduzir os fatores de risco para doenças cardiovasculares e metabólicas. No Brasil, o índice é de 10%.


 


Já a percepção dos pacientes é diferente: entre a população geral avaliada, 46% dos entrevistados disseram que se sentem bem informados.


 


Apesar dos importantes avanços na redução dos fatores de risco bem reconhecidos, como tabagismo, colesterol elevado, pressão alta e diabetes, estima-se que quase um terço de todas as mortes, a cada ano, tenha como causa as doenças do coração.


 


Fonte: Uol Ciência e Saúde