ACOLHIMENTO

Comodidade, mobilidade e sensibilidade é o tripé que sustenta a o programa Transporte Social, serviço disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) destinado à população de Aracaju. Trata-se de um projeto destinado a usuários especiais e crônicos, impossibilitados de se deslocarem de sua residência aos serviços de hemodiálise, rádio, quimioterapia, fisioterapia, revisões, consultas, exames, retornos ortopédicos e cirúrgicos de acamados. 

Segundo a coordenadora do Transporte Social, Luzinete Lima, a SMS dispõe de 13 veículos para fazer o deslocamento dos pacientes. "São quatro vans e dois carros para o serviço de hemodiálise, três vans para a fisioterapia e quatro ambulâncias que auxiliam diariamente os acamados, as pessoas que receberam alta médica, além de remoções de pacientes que realizam tratamento ou consultas em Unidades de Saúde da Família e clínicas da capital", detalhou.

Somente no mês de junho 359 pessoas utilizaram o serviço e 3.379 remoções foram realizadas. No primeiro semestre deste ano, 2.441 cidadãos utilizaram o serviço, totalizando 22.178 remoções. "Nossos assistentes sociais têm trabalhado diariamente para agendar, atender ao público, organizar os roteiros, contatos telefônicos, arquivar e acolher bem os pacientes", destacou Luzinete.

Satisfação dos usuários

A senhora Leniuza Leobino é casada com um usuário do sistema, José Domingos, e sempre o acompanha nas consultas, exames e tratamento. Para ela, ter o transporte social à disposição do marido representa um alívio. "Meu esposo não consegue ficar de pé, nem sentado. Após um problema na coluna ele terá de passar a vida dele em cima de uma cama. Não temos dinheiro para pagar táxi e ele não tem condições de andar de ônibus", relatou.

Leniuza conta que a família está na luta para manter o tratamento e rotina de exames de José. Na opinião dela, a garantia de um transporte adequado é um dos aliados na batalha contra a doença do marido. "Só eu e Deus sabemos o que passei para conseguir levá-lo às clínicas e hospitais. Quando uma agente de saúde me informou sobre o serviço, busquei logo meu agendamento, eles fizeram meu cadastro e hoje não faltamos mais a nenhum dia de exame nem tratamento", externou.

Satisfeito com a prestação do serviço público, José Domingos acredita que o transporte resolveu o principal empecilho que comprometia a continuidade e assiduidade do tratamento.  "Foi a melhor coisa que o posto de saúde arranjou para mim, agora não tem mais desculpa para faltar ao tratamento. Continuarei me tratando para que um dia possa voltar a me levantar", reforçou.    

Na opinião da senhora Aliete Silva Leite, 90 anos e paciente do setor de fisioterapia, o transporte social é uma comodidade do serviço público para o cidadão. "Eu sou sozinha e não tenho quem venha de buscar e deixar na clínica com segurança. O pessoal que dirige é bastante educado, prudente e nos trata com respeito e cuidado", declarou. Ela ainda salienta a pontualidade dos motoristas. "Eles sempre chega na hora marcada ou até antes. Isso é algo que prezo muito, pois, se eu me atrasar, posso perder minha vez no tratamento ou atrasar os demais pacientes", reforçou.

Transporte Social

Para ter acesso ao Transporte Social, o solicitante deve providenciar o cadastro ligando para o número 3179-1049, podendo ainda procurar o Assistente Social da Unidade Básica da Família do seu bairro para realizar o agendamento ou comparecer das 8h às 12h e das 14h às 17h na Rua Porto Alegre, bairro Siqueira Campos. É só apresentar o relatório médico contendo os dados do usuário, local do tratamento, dias e horários, cópia de identidade, comprovante de residência e o cartão SUS que as providências serão tomadas para garantir a utilização do serviço.

Foto: Sérgio Silva/AAN