O lixo é um produto da atividade humana e influencia diretamente na saúde e na qualidade de vida da população. Para abordar esse tema, o Canal Viva Bem entrevistou o biólogo, mestre e doutor em Meio Ambiente, Genival Nunes, para falar sobre o lixo e o impacto que ele traz para a saúde e para o meio ambiente.
O ser humano produz lixo que varia de 0,4 a 1,5Kg por dia, dependendo da condição social. De acordo com o doutor em Meio Ambiente, Genival Nunes, o lixo é um espectro da condição social, pois um lixo nas áreas mais pobres, geralmente é mais orgânico, com restos de comida e as comunidades mais ricas têm um lixo mais inorgânico, com enlatados, vidros, plásticos etc. “O lixo varia muito de bairro em bairro e no fundo representa aquilo que a gente usou e descartou. Mas é preciso imaginar que tudo que foi utilizado precisa ser dado um fim, pois o lixo não desaparece, ele continua na natureza de alguma forma e é preciso dá um destino ao lixo”.
Segundo ele, o mínimo que um cidadão deve fazer em casa para ajudar a destinar o lixo é separar o lixo inorgânico do orgânico, mesmo que na rua da pessoa não tenha coleta seletiva. “O óleo de cozinha, por exemplo, tem que saber como destinar, se for jogar no ralo, pode causar um entupimento na pia, então é preciso saber descartar o lixo. Do mesmo jeito os vidros, que precisam ser bem separados para que não corte alguém que está recolhendo”, explicou.
Em Aracaju, vivem aproximadamente um milhão de habitantes e de acordo com Genival, a produção de lixo é muito grande, com mais de 900 toneladas de lixo por dia. “Esse lixo é direcionado para um aterro privado, mas é preciso que haja em todas as cidades uma política de resíduos, de reciclagem, não dá para jogar coisa boa fora. Isso só resolve com uma política que eduque a sociedade para não jogar fora as coisas úteis”.
Ainda de acordo com o doutor em Meio Ambiente, o problema do lixo precisa ser compartilhado, pois todos são responsáveis pela produção de lixo, mas é preciso que cada um faça a sua parte dentro de casa. “É obrigação dos órgãos públicos, estados e municípios realizar a coleta do lixo, mas cabe a população separar corretamente esse lixo, para não descartar de qualquer jeito. Isso facilita o trabalho de quem está coletando o lixo e influencia também na saúde, pois o lixo tem uma relação íntima com saúde pública. Os vetores do mosquitos e as moscas adoram lixo e pode transmitir bactérias dentro das residências. Então a alerta que faço para todos é o seguinte, faça a sua parte dentro de casa, pois isso é bom para você, para a população em geral e também para o meio ambiente”, enfatizou.
Fotos: Divulgação/Arquivo