Vírus da gripe H3N2 está no Brasil. O que fazer?

Quase todos os anos ficamos sabendo de algum surto de gripe no país. Com a chegada dos dias mais frios, é esperado que o vírus influenza – causador da gripe – comece a circular com mais intensidade. Alguns estados já registraram os primeiros casos da gripe H3N2 – um subtipo do vírus Influenza A – que nos Estados Unidos infectou mais de 47 mil pessoas no último surto e provocou diversas mortes.

Segundo o Ministério da Saúde, treze estados brasileiros já registraram um total de 57 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), causado pelo influenza H3N2. Desse total, dez pessoas morreram. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou 228 casos de influenza e 28 óbitos. Do total, 57 casos e 10 óbitos foram por H3N2. E 84 casos e 8 óbitos foram pela gripe H1N1. Só no ano de 2017, foram registrados 2.691 casos e 498 óbitos por influenza.

Com a chegada das estações mais frias, a biomédica Yasmine Borges alerta para que medidas de prevenção sejam tomadas. “A prevenção é a melhor forma de se evitar a doença. Mesmo tomando a vacina, é importante lavar as mãos várias vezes ao dia, utilizar lenços descartáveis para higiene nasal, manter os ambientes bem ventilados e – o mais importante – não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos e copos”, explica.

Os sinais e sintomas da gripe H3N2 são calafrios, mal-estar, cefaleia, dor de garganta, tosse seca e mialgia. Podem ainda estar presentes entre os sintomas, diarreia, vômito, fadiga, rouquidão e hiperemia conjuntival.

Vacinação

A vacina só será distribuída gratuitamente para idosos acima de 60 anos, crianças com mais de 6 meses e menos de 5 anos, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, trabalhadores de saúde, povos indígenas, portadores de doenças crônicas e professores. Na rede privada, a vacina pode ser adquirida por qualquer um.

O Ministério da Saúde informou que a campanha nacional destinada aos mais vulneráveis deve começar na segunda quinzena de abril. Em laboratórios da rede privada, o imunizante já está disponível e custa, em média, R$ 130.

Devido à mutação constante do vírus da influenza, é necessário se vacinar anualmente. “A vacina oferecida pelo SUS é trivalente, protegendo contra a influenza A H1N1, A H3N2 e influenza B (subtipo Brisbane). Nas clínicas particulares, costuma-se oferecer a vacina tetravalente, que além de imunizar para os subtipos já citados, protege contra o subtipo Phuket da influenza B”, explica a biomédica.

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Conheça os tipos de influenza

Existem 3 tipos de vírus influenza: A, B e C.

– O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias.

– O vírus influenza A e B é responsável por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias. Os vírus influenza A são ainda classificados em subtipos de acordo com as proteínas de superfície, hemaglutinina (HA ou H) e neuraminidase (NA ou N). Dentre os subtipos de vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1) pdm09 e A(H3N2) circulam de maneira sazonal e infectam humanos.

Fonte: Educa Mais Brasil