Com a mesa redonda sobre “Cuidados perioperatórios em Pacientes cardiopatas, neonato e crianças menores, e em idoso frágil”, foi iniciado o segundo dia da 17ª Jalagipe, coordenada por Ivani Rodrigues Glass. O assunto foi exposto aos participantes pelos anestesiologistas José Roquennedy Sousa Cruz, de Sergipe, e por Camila Lucena Carneiro de Albuquerque, de Pernambuco. Ainda na parte da manhã, Fabricio Antunes coordenou o painel sobre “Manejo perioperatório de terapia antitrombótica”, e Vera Azevedo sobre “O papel do anestesista no tratamento da dor”.
Também foi realizada a miniconferência “Gestão financeira: planejando a minha aposentadoria”, que teve como expositor Carlos Maciel, sócio da Real Invest. “Trouxemos para os anestesiologistas a importância e preocupação em se planejar financeiramente, que é possível construir um patrimônio, para que mais na frente, tenha tranquilidade para que possa reduzir sua carga de trabalho, sem comprometer o orçamento, porque precisa sustentar a família e manter o padrão de vida. O nosso objetivo foi trazer conhecimento para que os médicos entendam que com planejamento, é possível se organizar financeiramente e ter uma aposentadoria digna”, explicou.
Outra preocupação demonstrada por Carlos Maciel foi sobre a garantia de manter o rendimento mensal, numa situação de doença ou acidente. “Nosso foco é em rentabilidade e proteção. Fazemos o planejamento financeira, pensando não só na aposentadoria, mas também proteger o cliente e a família nessa trajetória, de fatores que ponham em risco a situação atual dele e da família”.
Wagner Sá, presidente da Federação Brasileira das Cooperativas de Anestesiologistas (Febracan), proferiu uma miniconferência sobre “Qual o futuro das cooperativas no cenário da saúde suplementar”. “Expusemos para os associados da Coopanest de Sergipe, como que está o mercado de saúde suplementar, quais as possibilidades que existem para nossas cooperativas, como temos que nos comportar atualmente, o que fazer para melhorar os nossos ganhos, as nossas relações com os diversos convênios e setores onde atuamos. Então, é um grande prazer vir aqui trazer a minha experiência e compartilhar com os colegas aqui de Sergipe e de Alagoas”.
Na parte da tarde, ainda foram realizadas mesa redonda, palestra e painel. Coordenada por Vera Azevedo, a mesa redonda debateu sobre “Atenção especial sobre fluídos: amigos ou inimigos?; sobre delirium pós-operatório: onde e como intervir!, e sobre adjuvante ou cateter para prolongar as injeções de anestésicos locais – protegendo o neuroeixo”, e teve como expositores Lécio Bourbon, Rogean Rodrigues Nunes e Hermann dos Santos Fernandes. Já o painel “Segredos de especialidades”, foi coordenado por Ivani Rodrigues Glass e contou com palestras de Lucas Wynne Cabral, Fabrício Dias Antunes e Júlio Cezar Mendes Brandão.
O presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), Erick Freitas Curi também proferiu a palestra “Trabalho para viver ou vivo para trabalhar? Estou cuidando da minha saúde?”, mais voltada para a condição de trabalho dos anestesiologistas. “O alerta principal para os colegas é que a vida é finita e precisa ser vivida da melhor forma possível. Se vivermos só para trabalhar, vamos perder as melhores coisas das nossas vidas, que é a convivência com a família, com os amigos e cuidar da saúde, que é necessária para que possamos fazer as coisas. A mensagem é essa, temos que fazer o que está ao nosso alcance para garantir esse bem-estar”, relatou.
O palestrante enfatizou ainda o aprendizado com a novas gerações. “O mais importante que vem acontecendo é que as gerações mais recentes, a “y” quanto a “Z” e a “Alfa” que agora está nascendo, elas precisam do equilíbrio, entre o trabalho e a saúde. E é isso que eles trazem para nós, e é um caminho sem volta. As pessoas, cada vez mais, estão buscando esse equilíbrio, a qualidade de vida. Se trabalha, mas também se vive”.
A realização da Jalagipe também foi destacada pelo presidente da SBA. “Fico extremamente feliz, pois esses eventos regionais que acontecem agora no mês de julho, são eventos que dão capilaridade as ações da SBA. A Sociedade Brasileira pode produzir as melhores políticas possíveis, os melhores conteúdos, mas se não tiver essa capilaridade nas regionais, não conseguimos de fato chegar aos associados, aos anestesiologistas”, finalizou.