Rede realiza ato sobre a violência contra a mulher negra em Sergipe

Nesta quinta-feira, 15, a Rede de Mulheres Negras de Sergipe, composta por diversos movimentos sociais, realizará um ato e entrega de documento na Secretaria de Segurança Pública de Sergipe, denunciando os graves números de feminicídio e violência contra as mulheres negras de Sergipe.

A atividade faz parte do calendário dos 21 dias de ativismo, agenda nacional de conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher, e que está sendo realizada considerando um componente importante nas desigualdades sociais do país, que é a questão racial. A ação faz parte de uma agenda coletiva em parceria com a Rede de Mulheres Negras do Nordeste.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, as mulheres negras são as mais vulneráveis à violência doméstica e ao feminicídio no Brasil. Os percentuais são maiores tanto em situações de feminicídio quanto em mortes violentas intencionais. Entre as vítimas de feminicídio, 37,5 % são brancas e 62% são negras e, nas mortes violentas, 70,7% são negras e 28,6% são brancas.

Diante da realidade apresentada, e para reverberar a memórias das mulheres negras vítimas das violências física e institucional que se refletem na ausência de políticas públicas para as mulheres, em especial as mulheres negras, que as organizações vão ocupar as ruas para exigir justiça social e um retorno mediante a letalidade de mulheres que estão anônimas mediante a política de Estado em Sergipe.

Assinam a carta compromisso as seguintes organizações: Associação e Movimento Sergipano de Transexuais e Travestis – Amosertrans, Auto-organização de Mulheres Negras de Sergipe Rejane Maria, Coletivo Ginká, Conexão Nacional de Mulheres Travestis e Transexuais de Axé, Espaço de Arte Cultura e Educação- CASA DE MAR, Fórum Sergipano das Religiões de Matriz Africana, Fórum Nacional de Mulheres Negras, Ilé Asé Ìyá Agbà l’odó Omiró, Ilè Àsé Ojú Ifá Ni Sahara, Instituto de Estudos e Pesquisa Sócio Étnico Racial Comunidade Ojú Ifá, Juventude Rede de Matriz Africana (JUREMA), Movimento das Catadoras de Mangaba, Movimento Negro Unificado (MNU – Sergipe), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Mulheres Arteiras Sergipe, Mulheres em Movimento, Nzo Águas da Penha, Rede de Matriz Africana, TransUnides, Unegro – Sergipe, Movimento de Mulheres Olga Benário, Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas (MLB), Movimento de Juventude Afronte!, Instituto Braços.

 

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