“Duas gotinhas, eu tomei” é o tema da primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que será realizada sábado, 16/6, pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com as secretarias municipais de Saúde de Sergipe e o Ministério da Saúde (MS).
A meta do MS é vacinar 95% dos sergipanos com até 5 anos de idade, o que representa 211.352 crianças. Desde 1989 não há novos casos da doença registrados no Brasil. Para manter os altos índices de cobertura, o Ministério da Saúde realizada a campanha em duas etapas, nos meses de junho e agosto.
Em 2006, Sergipe atingiu na primeira etapa 95,15% de cobertura vacinal e na segunda, 95,41%. “Mesmo assim, é necessário que se faça este esquema de reforço anualmente porque o vírus não foi erradicado no mundo. Existem países que ainda sofrem com a doença e o poliovírus pode ser reintroduzido no Brasil”, explicou Sândala Oliveira, gerente de Imunizações da Vigilância Epidemiológica da SES.
De acordo com ela, todos os municípios sergipanos já receberam as doses das vacinas e, na zona rural, já começou a campanha de multivacinação, que prossegue até sábado. Além da vacina contra a pólio, também estarão disponíveis nos postos de saúde outras vacinas do calendário nacional como a tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche e meningite), a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba), e as doses para prevenir hepatite B e rotavírus.
A vacinação contra pólio será realizada em todos os postos de saúde até as 17 horas. A segunda etapa acontecerá no dia 25 de agosto. “Não podemos relaxar. Dar a vacina às crianças é responsabilidade dos pais, que não devem esquecer o cartão de vacinação. Só através das duas gotinhas, podemos ficar livres do vírus que matou e deixou muitos paralíticos”, alertou a gerente de imunizações.
Paralisia infantil
A poliomielite ou paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro clássico de paralisia flácida de início repentino que pode levar à morte e acomete em geral os membros inferiores, tendo como principais características a flacidez muscular. A doença foi de alta incidência no país antes de 1980, quando foi instituída a vacina pelo governo.
A transmissão do poliovírus selvagem pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal-oral, comum em locais onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças de baixa idade, ainda sem hábitos de higiene desenvolvidos, estão particularmente sob risco. O poliovírus também pode ser disseminado por contaminação fecal de água e alimentos.
