Oncologista alerta para três principais tipos de câncer que acometem as mulheres

O mês da Campanha Outubro Rosa ainda não acabou e para alertar as mulheres, a Clínica Onco Hematos, que integra o Grupo AMO (Assistência Multidisciplinar em Oncologia), destaca os três principais tipos de câncer que acometem as mulheres. Segundo dados do INCA, os tipos de câncer mais comuns nas mulheres são, além do câncer de mama, os cânceres colorretais e o câncer de colo uterino.

A oncologista da Onco Hematos, Gisélia Tavares, explica os principais sinais e sintomas dessas doenças, além dos fatores de risco, formas de prevenção e de tratamento.

Segundo a oncologista, os tumores do trato gastrointestinal, em particular os que envolvem intestino grosso (cólon) e reto, inicialmente podem ser assintomáticos. “Os sintomas são, geralmente, tardios, mas podem ser identificados a partir dos seguintes achados: mudança no hábito intestinal (constipação ou diarreia), sangramento nas fezes, dor ao evacuar, dor abdominal, aumento de volume abdominal, anemia, náuseas e vômitos, emagrecimento”, informou.

“Já o câncer de colo uterino é identificado durante o exame preventivo (Papanicolau) que deve ser realizado periodicamente pelas mulheres a partir dos 25 anos (até os 64 anos) que já tiveram atividade sexual. Alguns sintomas podem levar à suspeição como: dor durante a relação sexual, sangramento pós coito ou corrimentos, dor pélvica e lombar ou sangramento na urina”, acrescentou Dra. Gisélia.

Com relação ao câncer de mama, a médica alerta que é identificado através do exame físico e direcionamento com exames complementares. “Os principais sinais e sintomas envolvem: presença de tumoração ou deformidade na mama, dor, saída de líquido ou sangue pelo mamilo, alteração da textura e na cor da pele da mama, nodulações axilares”.

Câncer de colo uterino
Para a oncologista, o principal fator de risco para o câncer de colo uterino é o vírus HPV (principalmente os subtipos 16 e 18) transmitido durante relação sexual desprotegida. “Por isso a importância do uso de preservativo e da vacinação contra HPV nos grupos selecionados pelo Ministério da saúde (crianças e adolescentes); e na rede privada também é oferecida a vacinação para outros grupos. Um fator de risco interessante é o uso de contraceptivos, justificado pelo fato de muitas mulheres verem o preservativo apenas como método para evitar gravidez, e assim dispensam o uso do preservativo sem pensar nas consequências desastrosas de infecções sexualmente transmissíveis diversas, incluindo o HPV. Outros fatores de risco são início precoce de atividade sexual, múltiplos parceiros, parceiros de alto risco, imunossupressão e tabagismo”, explicou.

Formas de prevenção
Para prevenir o câncer colorretal, a médica oncologista conta que é importante ter a alimentação rica em fibras, frutas e legumes e pobre em frituras, alimentos processados e carne vermelha. Assim como atividade física regular e vitaminas com propriedades antioxidantes. Para pacientes com mais de 50 anos é recomendado rastreamento com pesquisa de sangue oculto nas fezes e retossigmoidoscopia, e exames laboratoriais.

“Já prevenção do câncer de mama consiste em acompanhamento médico precoce em caso de história familiar positiva para câncer de mama, além de manter estilo de vida saudável. Sabe-se que os principais fatores de risco são tabagismo, obesidade e sobrepeso, sedentarismo, alcoolismo, idade precoce da primeira menstruação, não ter amamentado ou gestado, uso de contraceptivos”, afirmou.

Tratamentos
Ainda de acordo com Dra. Gisélia, quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem como principal abordagem a cirurgia. “Em alguns casos é necessário realizar tratamento (quimioterapia ou hormonioterapia) antes da cirurgia. Após tratamento cirúrgico é avaliado tratamento adjuvante com quimioterapia, hormonioterapia e radioterapia. Quando a doença é metastática, a cirurgia não é uma opção e opta-se por tratamento medicamentoso sistêmico adequado a cada subtipo”.

Já em relação ao câncer de colo uterino, ela explica que se diagnóstico precoce, a cirurgia também é a melhor estratégia. De acordo com o estadiamento, quimioterapia e radioterapia também são tratamentos eficazes.

Ascom/Onco Hematos