Os médicos que atuam no serviço municipal de saúde decidiram em assembléia realizada no dia 13, manter a greve iniciada na quarta-feira de Cinzas, 6/2. A próxima rodada de negociação entre os grevistas e representantes da Prefeitura Municipal de Aracaju acontecerá dia 19. “Vamos continuar em greve até que o prefeito dê por escrito tudo que ficou acertado na última negociação”, disse o presidente do Sindicato dos Médicos (Sindimed), José Menezes. Segundo ele, um dos motivos para o seguimento da greve é o descaso do prefeito com a principal reivindicação da categoria, que é o piso salarial. “Ele não se manifestou sobre isso”, reforçou. Ao todo, a greve está atingindo os cerca de 300 profissionais efetivos, distribuídos pelas 129 equipes do Programa Saúde da Família, 43 postos de saúde e dois centros de especialidades médicas, que estão com o atendimento reduzido. O percentual mínimo de 30% do efetivo está sendo coberto pelos médicos não efetivos e remunerados através do recibo de pagamento autônomo. Uma das reivindicações é a quebra do teto salarial de R$ 4,7 mil. Mesmo que o salário seja reajustado, somando com as gratificações não pode ultrapassar este valor.”Por conta disso, ele pode dar qualquer reajuste que a situação não sairá da mesma. O nosso vencimento básico é de R$ 1,7 mil e acrescido a ele está uma gratificação de R$ 3 mil, custeada pelo Ministério da Saúde. Ou seja, se ele aumenta o vencimento básico, reduz a gratificação do MS, porque a soma final não pode ultrapassar o teto”, explicou. Outra luta da categoria médica é a destinação de 20% da carga horária para atualizações e capacitações. Associados a isso estão ainda os pedidos de melhoria das condições de trabalho, a exemplo da infra-estrutura das unidades de saúde.