Julho Amarelo: Onco Hematos destaca principais sinais dos tumores ósseos e importância do diagnóstico precoce

Neste mês de julho é realizada a campanha Julho Amarelo, que visa conscientizar a população sobre o câncer nos ossos. A Clínica Onco Hematos, que integra a Rede AMO (Assistência Multidisciplinar em Oncologia), destaca os principais sinais e sintomas desses tipos de tumores e enfatiza a importância do diagnóstico precoce.

De acordo com a oncologista clínica da Onco Hematos, Renata Reis, quando se fala sobre qualquer tipo de câncer, o diagnóstico precoce está relacionado a uma maior chance de cura. “Por isso, temos sempre que prestar atenção aos sinais e sintomas mostrados pelo nosso corpo. Falando especificamente sobre tumores ósseos, eles são considerados neoplasias raras e são responsáveis por menos de 0.2% de todos os cânceres. Acontecem mais frequentemente na infância e adolescência e podem estar relacionados a alteração da marcha nessa faixa etária”, explica.

Para Dra. Renata Reis, neste tipo de tumor, a importância do diagnóstico precoce relaciona-se não só a maiores chances de cura ou sobrevida, como também a redução de morbidade relacionada a doença como a amputação parcial ou total de um membro, por exemplo.

O Instituto Nacional de Câncer não dispõe de estimativas brasileiras para tumores ósseos em adultos. Para 2020, a estimativa americana era de 3.600 casos novos e 1.720 mortes causadas pela doença.
Os principais tipos de tumores ósseos são: osteossarcoma, fibro-histiocitoma maligno primário do osso, condrossarcoma, tumores de células gigantes e tumores da família do Sarcoma de Ewing. Nos Estados Unidos são diagnosticados aproximadamente 750 a 900 casos novos de osteossarcoma a cada ano, dos quais 400 casos acontecem em crianças e adolescentes com menos de 20 anos de idade.

Fatores de risco
Ainda de acordo com a oncologista, alguns fatores de risco estão relacionados ao desenvolvimento de câncer ósseo em adultos. “Pacientes tratados previamente com quimioterapia ou radioterapia por outra neoplasia têm risco aumentado para desenvolver osteossarcoma. Doenças ósseas benignas como Doença de Paget, displasia fibrosa, osteomielite crônica e infarto ósseo também estão relacionados a um risco aumentado para o desenvolvimento do câncer ósseo. Além disso, devemos destacar que algumas alterações genéticas elevam o risco do desenvolvimento da doença”.

Sintomas
Com relação aos sintomas, a profissional alerta que dependem da localização e do tamanho do tumor. “A maioria dos casos se apresenta com dor localizada, geralmente por meses. O achado mais importante, ao exame físico, é a presença de uma massa grande e macia a palpação. Os sítios mais comumente acometidos pelos osteossarcomas são: a extremidade distal do fêmur (parte da coxa mais perto do joelho), proximal da tíbia (parte da perna mais perto do joelho) e úmero proximal (perto do ombro)”, afirma.

Diagnóstico e prevenção
O diagnóstico é feito através de exames de imagem como radiografia, cintilografia, tomografia ou ressonância. A realização de biópsia é mandatória e pode ser realizada através de uma incisão (corte e retirada de material tumoral) ou percutânea (introdução de agulha no tumor).

“A prevenção do câncer em geral está relacionada a hábitos de vida saudáveis como alimentação de qualidade, cessação do tabagismo e atividade física regular. Não existe uma prevenção específica para o câncer ósseo, pensando que ele pode se manifestar em pacientes com doença benigna pré-existente, é importante que os portadores dessas doenças mantenham seu acompanhamento médico regular para que detectem qualquer alteração precocemente. Para a população geral, a atenção as manifestações do seu corpo e a busca de orientação médica devem ser prioridades”, reforça a oncologista.

Formas de Tratamento
Para Dra. Renata, o tratamento é multimodal e pode envolver quimioterapia, cirurgia, radioterapia, medicamentos que auxiliam o remodelamento ósseo e até imunoterapia. “O tratamento será definido a depender do tipo histológico, tamanho do tumor, ressecabilidade, possibilidade ou não de preservação do membro, entre outros fatores. Em geral estão envolvidos diversos profissionais no tratamento e acompanhamento desses pacientes como oncologistas clínicos, ortopedistas especialistas em tumores ósseos, cirurgiões oncológicos, radioterapeutas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e psicólogos” finaliza.

Ascom/Onco Hematos