O Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) está trabalhando junto às unidades hospitalares do Estado com o objetivo de ampliar o número de autotransfusões de sangue. O procedimento é adotado para realizar a ‘plasmaférese’, técnica que retira o plasma contendo elementos nocivos à saúde e o substitui por plasma sadio, e também quando um paciente vai se submeter a uma cirurgia e pode, ele mesmo, doar sangue antes da operação para utilizar caso seja necessário. O Hemose tem registrado uma média mensal de apenas 20 autotransfusões. A instituição dispõe de uma equipe de profissionais de prontidão durante 24 horas habilitada a realizar a plasmaférese e autotransfusão intra-operatória, de acordo com as solicitações dos médicos em acordo com especialistas em hemoterapia e um anestesiologista. “Ambos os procedimentos trazem muitos benefícios aos pacientes e a autotransfusão, por exemplo, permite evitar reações transfusionais imediatas e tardias”, explica Roberto Gurgel, presidente do hemocentro, ao informar que os pacientes e interessados no assunto devem procurar o seu médico ou comparecer ao Hemose para conhecer mais sobre o serviço. Existem duas maneiras principais de fazer uma autotransfusão. Na primeira delas, a pessoa comparece ao hemocentro com alguns dias de antecedência para retirar a quantidade de sangue de que irá necessitar numa cirurgia pré-agendada. Costuma-se tirar, no máximo, 500 mililitros por vez. A segunda maneira de realizar o procedimento é durante a operação, quando se conecta ao corpo do paciente uma máquina especial, que absorve o sangue perdido. Segundo a médica Mariamália Newton Andrade, gerente de atividades médicas do Hemose, a autotransfusão é feita geralmente em pacientes de grupos sanguíneos raros como o tipo ‘O’ negativo. “A autotransfusão é também indicada a pacientes que não apresentam doenças infecto-contagiosas como AIDS, hepatites B e C, doença de chagas, sífilis, etc”, afirma a médica.