O Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) apela para que a população amplie o número de doações de sangue por conta do aumento dos casos de dengue registrados este ano. Apesar da queda natural na curva epidemiológica da doença normalmente registrada entre os meses de abril e setembro, as chuvas que vêm caindo nos últimos dias possibilitam a formação de criadouros para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Além do atendimento a pacientes com dengue, há ainda a necessidade de sangue por para pacientes com cirurgias agendadas, em tratamento de quimioterapia, portadores de leucemia e outras doenças. Segundo a biomédica Patrícia Ribeiro, gerente de produção do Hemose, a necessidade de abastecer o estoque está concentrada nos tipos sanguíneos mais raros e de fator RH negativo: ‘A’, ‘B’ e ‘O’. “Por causa do feriado prolongado da Páscoa, o estoque de plaquetas sofreu uma queda considerável e precisa ser reabastecido para atender à demanda dos hospitais da capital e interior”, afirma Patrícia. “Geralmente os pacientes com dengue, leucemia e outras doenças do sangue ficam com o número de plaquetas inferior a 50 mil e precisa repô-las de 12 em 12 horas”, concluiu a biomédica. Mulheres Segundo o presidente do Hemose, Roberto Gurgel, as mulheres representam, atualmente, 20% do total de doadores de sangue em Sergipe. O número ainda é considerado baixo quando comparado a estados como São Paulo e Pernambuco, cujas doações femininas chegam a 35% do total. “Todas as pessoas que atendem aos critérios básicos para doação podem comparecer ao Hemose e doar para contribuir no reforço de estoque para atendimento transfusional. Qualquer pessoa saudável entre 18 e 65 anos é um doador potencial. O candidato deve estar bem alimentado, evitando apenas a ingestão excessiva de gordura e portando o documento de identidade”, afirma Gurgel. Doações Doar sangue não dói, não vicia e nem faz mal à saúde. Com a doação, são realizados exames para diagnosticar não só o tipo sanguíneo do doador, mas seu estado de saúde em relação a várias doenças como síflis, doença de Chagas, HIV, hepatites e HTLV. Todo sangue coletado é separado em diferentes componentes, como hemácias, plaquetas e plasma, o que possibilita atender vários pacientes a partir de uma única coleta. Os componentes são distribuídos para o Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE), além dos hospitais da capital e interior do Estado. O Hemose recebe, em média, 100 doadores todos os dias. Apesar de ter conquistado 2,6 mil novos doadores em 2007 com a campanha ‘Santo de Casa Também Faz Milagre’, o ideal é que sejam feitas pelo menos 200 doações por dia para atender às demandas sergipanas de forma que todas as unidades sejam atendidas e o sangue ainda possa ser estocado. Para doar sangue basta comparecer ao Hemose de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h30min, no endereço avenida Tancredo Neves, s/n, bairro Capucho, próximo ao HUSE. As doações podem ser agendadas previamente por telefone com o Serviço Social do hemocentro, através do telefone (79) 3259-3191.
