Com satisfação evidente em cada semblante, profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Sergipe, revivem, desde a última quinta-feira, 11, a experiência de realizar, sobre duas rodas, a assistência pré-hospitalar aos cidadãos. Os chamados motosocorristas compreendem duplas formadas por técnicos de enfermagem que possuem treinamento e certificação específicos do Ministério da Saúde para este objetivo. A adesão do veículo como integrante da frota de intervenção do Serviço está prevista na Portaria Nº 2.971, de 8 de dezembro de 2008.
Preparado para retomar os trabalhos, Allan Dellon conta que a experiência com motos para atendimentos pré-hospitalares começou em 2010. “Desde então, faço o que gosto e contribuo para a redução do tempo resposta dado ao cidadão que necessita de cuidados em saúde em caráter de urgência. As motos facilitam a chegada mais rápida das equipes especializadas e contribuem para o aumento das chances de sobrevida desses pacientes”, ressaltou o motosocorrista.
Considerando que o atendimento pré-hospitalar móvel é aquele que procura chegar ao cidadão acometido por uma urgência de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica e psiquiátrica nos primeiros minutos após o agravo, prestando atendimento adequado no local e transporte até uma dada unidade de saúde, a contribuição das motolâncias torna-se válida em outros aspectos.
“Considerando todos os desafios enfrentados no acesso de veículos aos locais onde há ocorrências, as motolâncias dispõem de mais flexibilidade no trânsito. Quando as ambulâncias chegam até o paciente, o mesmo já está praticamente pronto para que outras equipes do Samu, sejam elas de suporte básico ou até mesmo de suporte avançado, dêem continuidade à assistência e realizem a remoção desse indivíduo”, esclareceu Adriano Resende, também motosocorrista.
Todas as motolâncias contam com os mesmos equipamentos de uma Unidade de Suporte Básico (USB), que consta de condutor de veículo de urgência e técnico de enfermagem atuantes. Ou seja, possuem a estrutura necessária para estabilizar o paciente e fazer o atendimento inicial à vítima, sempre sob orientação do médico regulador do Samu. De acordo com a superintendente Maria Lúcia Santos, a retomada dos serviços aconteceu após a realização de reparos nas respectivas motos.
“Além da reestruturação desses veículos, outra boa notícia é que profissionais da área assistencial do Samu estão tendo acesso a novos equipamentos de proteção individual, como botas e macacões. Em Sergipe, o Serviço ainda possui motosocorristas habilitados para serem instrutores, o que impulsiona a multiplicação de saberes e novas formações. Com a retomada das motos na assistência pré-hospitalar móvel, presenciamos um cenário caracterizado pela motivação desses profissionais. Esse sentimento traz novo fôlego ao trabalho, que consiste, especialmente, na reversão de agravos que envolvem paradas cardiorrespiratórias, traumas e outros, visto que essas equipes possuem capacidade e equipamentos adequados”, considerou a gestora.
O secretário da saúde Almeida Lima disse que não foi compreendido quando retirou as motolâncias de circulação para fazer uma manutenção geral mas, comemora o retorno do serviço: “É natural que não sejamos entendidos num primeiro momento, entretanto, ficamos felizes que após a execução daquilo que de melhor planejamos para ser usado pelos profissionais, devolva a alegrias de todos do Samu, e principalmente a satisfação junto com o desejo de que a população tenha uma melhor assistência. Estamos todos motivados para esse plus na saúde de Sergipe”, declarou.
Fonte: Ascom/SES