Covid-19 e suas consequências é tema de Live da Onco Hematos

Com o tema “Covid-19: Pandemia e suas consequências – um panorama mundial atual”, a Onco Hematos promoveu, na tarde desta quarta-feira, 29, uma live em seu instagram para esclarecer dúvidas sobre a doença e abordar o cenário atual da pandemia. O oncologista e diretor técnico da Onco Hematos, Nivaldo Vieira, conversou com a infectologista e professora da Rockefeller University (Nova York), Marina Caskey.

Marina Caskey nasceu em Aracaju e se formou na Universidade Federal de Sergipe. Ela mora nos Estados Unidos e faz parte de um grupo de pesquisadores que procura uma forma de neutralizar a ação do vírus HIV. Durante a live, a infectologista falou sobre as famílias e os outros tipos de Coronavírus, explicando a origem da doença e respondendo os questionamentos dos participantes, principalmente sobre como podem ser desenvolvidas vacinas.

“O Covid-19 faz parte de uma grande família de Coronavírus. Dentro dessa família existem subgrupos, um deles são do tipo Alpha, dentro deste existem Coronavírus que circulam normalmente entre a gente e causam resfriados comum. Mas também já existiram duas epidemias de outros dois tipos de Alpha Coronavírus, um chamado SARS e outro MERS, e o Covid-19 é o terceiro dessa família em que o habitat natural eram em morcegos e, através de modificações naturais, eles evoluíram de maneira a infectar seres humanos. Como é um vírus extremamente novo, não existe imunidade”, detalhou.

Nivaldo questionou o motivo para a origem da doença ter sido na China. A infectologista disse que não há uma explicação comprovada sobre o assunto. “Mas uma explicação que ouvi e achei interessante é que por conta das modificações ambientais e, como a China é um país extremamente populoso, acho que teve toda a mistura de morcegos com a mistura de animais que eram vendidos e trocados nos mercados de comida na China e com a população muito densa. Todos esses fatores podem ter sido motivos para o início da doença”, afirmou Marina.

O oncologista também perguntou que tipo de imunidade o Covid-19 pode gerar nos pacientes que foram infectados. “Comparado com a gripe Influenza, esse novo vírus tem uma evolução quatro vezes mais baixa, e isso é um ponto positivo. Mas o que não se sabe ao certo é quanto duradoura será a imunidade. O que se sabe é sobre os outros vírus da mesma família que circulam normalmente, ou sobre os SARS e os MERS, que a imunidade não é definitiva. Mesmo que a imunidade não seja permanente, se a pessoa vier a ser infectada novamente, é muito mais provável que seja uma infecção amenizada, talvez até sem sintomas”, explicou a infectologista.

Atendendo aos questionamentos dos internautas, a infectologista esclareceu sobre as mortes de jovens e a recuperação de idosos que foram acometidos com a doença. “Não há estudos específicos que comprovem a relação de idosos sobreviverem e de alguns jovens terem morrido com a doença, como também não há justificativa para que os homens, na maioria das vezes, sejam mais hospitalizados do que as mulheres infectadas”, salientou.

Para finalizar a live, a infectologista abordou como as vacinas são desenvolvidas, ressaltando que ainda é preciso algum tempo de estudos e testes para o desenvolvimento de uma vacina efetiva contra o Covid-19.

Ascom/Oncohematos