Anticoncepcional que interrompe a menstruação divide opiniões


Já está començando a ser comercializado nos Estados Unidos, o anticoncepcional que suspende a menstruação. Aprovado pela Agência Americana de Controle de Medicamentos (FDA), o novo contraceptivo gera polêmica entre especialistas.


 


A Lybrel, nome comercial do medicamento, possui a composição hormonal semelhante à de outros anticoncepcionais orais, porém o modo como ele deve ser usado é diferente. Para obter o efeito prometido ele deve ser tomado ininterruptamente. Segundo o fabricante, o uso contínuo faz com que a espessura da parede interna do útero diminua, inibindo a descamação e, conseqüentemente, interrompendo a menstruação.


 


Em comunicado divulgado sobre a liberação da Lybrel, a FDA explica que “as mulheres e os médicos devem pesar os benefícios de não menstruar e o inconveniente de sofrer sangramentos imprevisíveis”. O assunto gera polêmica no que diz respeito à segurança de suspender os ciclos menstruais.


 


Muitos médicos defendem que a utilização de remédios para suspender a menstruação pode causar riscos à saúde da mulher. Eles acreditam que a menstruação é um evento biológico natural que não deve ser alterado. A interrupção do ciclo poderia levar a formação de coágulos sangüíneos, podendo ocasionar trombose, infartos e derrames.


 


Em contrapartida, outros especialistas defendem que é desnecessário menstruar por tanto tempo. De acordo com eles, quanto mais a mulher menstrua mais risco ela está correndo. Durante o período menstrual, os ovários produzem o hormônio estrógeno que favorece a reprodução das células cancerosas.