Agentes entram em três casas abandonadas no centro de Aracaju para eliminar focos do mosquito



Os técnicos da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) entraram segunda-feira, 2/6, em três casas abandonadas no centro de Aracaju. A ação foi realizada na rua Laranjeiras e as casas foram denunciadas por moradores.


Os técnicos da PMA encontraram nas casas denunciadas focos de larva e de mosquitos da dengue. “Nessa ação eliminamos criadouros de larvas do mosquito com tratamento mecânico/químico, utilizando equipamentos para borrifação denominados de bomba costal-perifocal, usado perto ou ao redor dos focos”, explica supervisor de área de agente de Endemias, Paulo Conceição.


Dentre os técnicos estavam os agentes de endemias, funcionários da EMSURB e um chaveiro contratado pelo Programa Municipal de Combate à Dengue. “A mobilização da população é importante num momento como este. A denúncia a terrenos baldios e casas abandonadas ajuda a PMA a manter e ampliar a queda no número de notificações de suspeita de dengue”, afirma o supervisor da dengue Paulo Conceição, que esteve à frente da ação na rua de Laranjeiras.


A entrada em imóveis abandonados é uma ação que conta com o apoio do Ministério Público Estadual e com as leis municipais assinadas recentemente pelo prefeito Edvaldo Nogueira, como o decreto Municipal nº 1.691, que estabelece ações de combate às doenças que ameaçam a saúde pública. O prefeito também sancionou a Lei Municipal nº 3.552, que estabelecendo medidas permanentes de controle e prevenção contra a dengue e a febre amarela.


Levantamento rápido


Os agentes de Endemias da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) iniciaram hoje, dia 02 de junho, um novo Levantamento de Índice Rápido (LIRA). Com o Lira, a PMA terá informações atualizadas do índice de foco do aedes aegypit, o mosquito transmissor da dengue. As atividades do LIRA serão realizadas durante toda esta semana, em todos os bairros aracajuanos. Este ano, de fevereiro até agora, será o terceiro levantamento realizado pela PMA.


“Esses dados são de grande importância e servirão de base para o redirecionamento das ações do Plano de Contingência Contra à Dengue de Aracaju. Com o novo Lira, teremos definido quais são as áreas de risco da dengue e priorizaremos por exemplo, as agendas da Força Tarefa e de mobilização de mutirões”, explica o secretário Municipal de Saúde, Marcos Ramos.


Pesquisas e índices


Segundo informações da coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Taíse Cavalcante, no LIRA estão atuando cerca de 120 agentes de Endemias. Eles estão visitando as residências em busca de criadouros de larvas.


As larvas encontradas são coletas e enviadas ao laboratório de Zoonoses do Município de Aracaju para a confirmação dos focos. As informações obtidas no LIRA, em forma de percentuais, determinam o Índice de Infestação Predial (IIP).


“O IIP é identificado com o cruzamento do quantitativo de casas pesquisadas com os números de casas positivas (com larvas). Nessa tarefa, os agentes de Endemias fazem também a pesquisa de Índice de Breteau, (IB), que identifica a quantidade de criadouros e ou focos encontrados dentro de uma mesma casa ou em um mesmo terreno baldio. Dependendo do risco, uma casa ou terreno pode ter três focos”, alerta Taíse Cavalcante. A coordenadora explica o Índice de Breteau traz para a Vigilância Epidemiológica identificação de locais de maior índice dos focos de dengue, se em residências ou em terrenos baldios.


Esses levantamentos são rápidos e eficazes. Taíse Cavalcante justifica: “esses levantamentos são feitos em todo o município, em um curto espaço de tempo: em uma semana. Na rotina, as vigilâncias epidemiológicas realizam o Levantamento de Índice (LI) , em um prazo de dois meses, o que equivale a um ciclo de trabalho”.