A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), apresentou, na manhã desta terça-feira, 24, os dados do 3º Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2016. A coleta foi realizada entre os dias 2 e 6 de maio e o índice de infestação na capital foi de 0,8, valor considerado como “baixo risco” ou “satisfatório”. A divulgação dos resultados foi feita pela coordenadora do Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti, Taíse Cavalcante, e pela coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Raulinna Gomes, no auditório da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Presidente Vargas, localizada no bairro Siqueira Campos.
De acordo com Taíse Cavalcante, esse é o melhor resultado dos últimos oito anos e demonstra o empenho de toda a equipe da SMS e da população aracajuana no combate ao mosquito. “Os agentes de Endemias e Comunitários de Saúde percorrem diariamente os bairros da capital com o objetivo de identificar e eliminar os focos do mosquito transmissor da Dengue, Zika Vírus e da Febre Chikungunya. Além disso, os mutirões realizados aos sábados têm contribuído bastante para a redução do índice de infestação. Mas, temos também que ressaltar que a população tem colaborado efetivamente com o nosso trabalho e o resultado desse esforço conjunto pode ser percebido através do LIRAa divulgado hoje”.
Comparado ao 2º LIRAa de 2016, quando o índice de infestação geral foi de 0,9, houve uma sensível queda de 11%. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o índice era de 1,9, a queda chega a 58%. Para a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, mesmo diante dos resultados positivos, é preciso que a população e o poder público continuem em alerta. “Os números apresentados hoje são bastante satisfatórios, mas precisamos continuar vigilantes. A Prefeitura de Aracaju vai continuar com todas as ações que já estão sendo desenvolvidas e é preciso que os moradores também mantenham os cuidados dentro de casa, porque só assim a gente vai conseguir conter a proliferação do Aedes aegypti”, disse Raulinna Gomes.
O levantamento apontou que, dos 42 bairros de Aracaju, 27 foram classificados como baixo risco (satisfatório), 15 em médio risco (alerta) e nenhum com a classificação de risco de epidemias. Dentre os bairros com médio risco (alerta) que tiveram infestação acima de 2,0 estão apenas: José Conrado de Araújo (2,4) e Santo Antônio (2,2). O trabalho intensificado e específico da Prefeitura de Aracaju é visto através do resultado da queda no índice de infestação do bairro Ponto Novo que em março estava com 2,0 e chegou a 0,3 (satisfatório) em maio.
Os principais criadouros continuam sendo os depósitos de água ao nível do solo, como as lavanderias que são utilizadas para armazenar água, tendo o percentual de 71,8% dos focos. Em comparação ao mês de março, quando o percentual foi 66%, foi registrado um pequeno aumento de 9%.
Os depósitos domiciliares (vasos e pratos de plantas, ralos, lajes, sanitários em desuso, etc) ainda são o segundo maior problema, com o índice de 22,5%. Em relação a março, quando o número era de 31,9%, foi observada uma queda considerável de 29,4%.
Um ponto importante neste 3º LIRAa de 2016 foi o aumento de focos em lixo e resíduos sólidos, que passou de 2,2 em março para 5,6 no mês de maio. Esse aumento deve-se também ao fato de que, pela primeira vez este ano, foi encontrado foco do Aedes aegypti em um terreno baldio no bairro José Conrado de Araújo.
Ações de combate ao Aedes Aegypti
A SMS realiza um trabalho constante, de segunda à sexta, além de Força Tarefa aos sábados, para reduzir cada vez mais o índice de infestação do Aedes aegypti. Dentre as principais ações estão: intensificação da coleta de pneus; monitoramento dos pontos estratégicos a cada 15 dias; realização de bloqueio de casos: fumacê costal até 300 metros do caso suspeito; inspeção das casas que estão para alugar; visitação de 100% dos imóveis de cada bairro; mutirões de limpeza urbana em parceria com a Emsurb; busca ativa de casos suspeitos de Dengue, Chikungunya e Zika e investigação de casos e óbitos.
Fonte: Ascom/SMS