Chás amazônicos são usados contra a obesidade


Dra. Joanna Leal, pesquisadora do Núcleo de Ciência da Amazônia, fala sobre o trabalho do grupo que compõe o núcleo, fundado em 1992. O objetivo é oferecer as pessoas que pesa acima da média, uma forma saudável de eliminar os “quilos a mais”, através da ingestão de chás de plantas extraídas da floresta amazônica. Durante o tratamento, que dura no mínimo dois meses, a pessoa pode eliminar até 16 quilos. Confira abaixo a entrevista:


 


 


Canalvivabem – Há quanto tempo existe o Instituto?


Joanna Leal – O Núcleo de Ciências da Amazônia foi fundado em meados de 1992 por um grupo de pesquisadores que se preocupavam com os índices alarmantes do uso de drogas quimicamente “pesadas” que viciam o Sistema Nervoso Central das pessoas obesas em questão.


 


CVB – Como é feita a pesquisa das ervas?


JL – Há algumas regras: primeiramente a pesquisa deve ser feita por profissionais qualificados, pois cada planta possui em seu conteúdo algumas normas particulares. Uma vez que existem plantas úteis e plantas nocivas, na Farmacopéia Amazônica o mundo das plantas produz um complexo laboratório químico e alquímico muito organizado e sistematicamente controlado. É preciso coletar em épocas ideais de climatização. A escolha é fundamental sempre os menores exemplares Herbários de maior vitalidade e mais concentrados uma vez que não podem estar mutiladas ou danificadas pelo vento. Hastes e folhas precisam estar frescas e tenras e que não tenham criado flores. Quando há flores não pode haver floração total e tampouco tão túrgidos e fechados. Frutos sementes e raízes somente na estação do verão. E durante todo o ano os pesquisadores renovam as reservas das ervas medicinais, pois com o tempo podem enfraquecer parte de sua eficácia. Nossos pesquisadores além de pesquisas bibliográficas consagradas coletaram informações por todos os meios como, por exemplo, ervanários de diversas regiões, feiras, criatórios de plantas medicinais, pessoas simples do povo. Até chegarem a um senso um denominador comum.


 


CVB – Ele tem 100% de eficácia?


JL – A eficácia do tratamento consiste em entender o sistema orgânico,uma vez que não podemos generalizar uma forma única para todos, há muita diferença entre as pessoas, e esta se faz valer também no fator alimentação. Em via de regra diríamos que para que houvesse 100 % de eficácia, é preciso juntar os 50 % da eficácia dar ervas com os 50% da pessoa obesa, logo se dá os 100%, quer  dizer não adianta se o obeso continuar com maus hábitos alimentares é pura ilusão. É preciso eliminar o joio do trigo. As ervas agirão com 100% de eficácia já que agem como complementos para o bom funcionamento do sistema digestivo, hepáticos e na depuração das toxinas orgânicas.


 


CVB- A pessoa precisa fazer regime?


JL – Cada pessoa como já enfocamos precisa fazer uma qualificação alimentar, isto é precisa “saber” se alimentar, pois , cada pessoa é um ser individual com um estado de ânimo diferente e com um metabolismo diverso, daí que costumamos dizer que o que faz piorar o estado obésico,é a forma como ele se alimenta, pois, que no fundo no fundo se o vasculharmos, descobriremos que  ele é quem está desnutrido, uma vez que ele age compulsivamente por alimentos que não  suprem o seu organismo como um todo, e para isso, as ervas” edificadoras da saúde”aliadas a uma reestruturação alimentar só tendem a valorizar o obeso como uma  pessoa honesta a si mesma e não ser como o fogo que devora tudo e padece faminto.


 


CVB – Como foram descobertas estas ervas?


JL – As ervas nunca foram descobertas, as ervas pertencem aos nossos ancestrais desde que mundo é mundo. Agora é lógico que a história das ervas não é absolutamente simples e para isso citaremos uma frase do filósofo Hegel que dizia: “Todo conhecimento é uno. Se conseguirmos aprender tudo sobre uma só coisa, já saberemos tudo”. As ervas foram há muito tempo o primeiro recurso terapêutico do homem, que descobriu na flora suas inúmeras qualidades medicinais e portanto nós do Núcleo, apenas aliamos o nosso conhecimento pratico  e isolamos parte desta flora amazônica para nos dedicarmos ao fator “obesidade”. É como um fio que nos conduz a uma sutil observação da  influencia estética saudável no organismo humano, portanto ar  ervas foram  “descobertas” nesta inter-relação, do homem com a natureza, provando a universalidade da criação.


 


CVB – Cada pessoa tem uma combinação de ervas para o seu histórico de vida?


JL – Não necessariamente, como já dissemos cada organismo responde de uma maneira diferente às propriedades das ervas, por isso, é feita uma avaliação do metabolismo do obeso, e só com o tempo é que vem a adequação metabólica quando da eliminação das toxinas orgânicas, através de uma depuração geral do organismo fase a fase. Uma vez que a função das ervas é habilitar o organismo a predisposição de sua preservação celular, ativando seu metabolismo a funcionarem corretamente.não se pode pensar contudo, que uma mistura de determinadas ervas sirva de base para o mesmo mal obésico em pessoas diferentes, não existe um prescrição estrita para todos, e sim uma combinação adequada


 


CVB – Quais as vantagens das ervas?


JL – Está provado que uma folha de planta medicinal tem mais de 30 substancias diferentes daí que muitas vezes uma única erva é indicada para muitos males, com a vantagem de não ser concentrada e não ter contra indicação pela tabela de equivalência.


 


CVB – por que elas só podem ser tomadas durante 2 meses? E se a pessoa não emagrecer tudo o que deseja em 2 meses, o que ela faz?


JL – Não é que elas só possam ser tomadas por dois meses. Acontece que não podemos fazer com que uns tipos de erva sejam tomados por mais de dois meses, uma vez que por tempo prolongado demais que excedam estes dois meses, por que a mesma qualidade depois deste tempo de uso tende a ter o seu poder de pico de auge um pouco diminuído, logo é preciso caso ainda não tenha se chegado ao efeito desejado trocar por nova mistura herbárica.


 


CVB – Quais as chances de voltar a engordar?


JL – Depois que o organismo se habituou a novos hábitos tanto a nível emocional como físico, dificilmente voltará a engordar uma vez que estão com a auto-estima estabelecida, logo a seletividade tanto no plano biológico com o metabolismo desintoxicado pelas ervas assim no psíquico estando controlado, há uma estabilidade emocional, portanto, é improvável que ele venha a quebrar as leis imperiosas do bem viver uma vez que ele não tem porque atacar a sua própria estrutura biológica.


 


CVB – Os médicos tradicionais sempre contestam a medicina alternativa e garantem que as ervas não têm eficácia. O que vocês respondem a eles?


JL – Os remédios convencionais para controle de peso atuam no sistema nervoso central, propriamente em uma área do cérebro chamado hipotálamo onde existe a zona da saciedade e a ansiedade, a química vai bloquear esta área e a pessoa não se alimenta, enquanto estiver sob seu efeito químico, deste modo ela fica desnutrida e perde peso, quando chega no “peso ideal”, para de toma a química e  logo vem o efeito sanfona , pela retirada do bloqueio hipotalâmico. Já na terapia herbárica a via de eliminação de gordura é metabólica e não a nível cerebral. Hoje a OMS (Organização Mundial da Saúde) tem estatística de que as químicas emagrecedoras, matam mais do que a heroína e a cocaína juntas pelos inúmeros transtornos que causam por viciar o organismo


 


CVB – Quais as contra-indicações das ervas?


JL – Este assunto de contra-indicação é relativo, pois há os que queiram impor a contra-indicação de forma generalizada, não observando ainda, que na maioria das vezes são as altas dosagens que tornam os remédios contra-indicados. Nem tudo que é natural pode ser tomado, as plantas medicinais dependem da dose-medida e conhecimento de causa, para não causarem danos a saúde, veja por exemplo o conhecido chá de boldo, não  pode  ser  tomado  por gestante, pois se torna abortivo, logo toda e qualquer planta medicinal pára ser ingerida pelo organismo necessário se faz uma avaliação prévia da dose medida a ser utilizada. Para exemplificar para se obter 10mg da substancia principal do boldo, seriam necessários aproximadamente 100gramas de folhas de boldo, e, ninguém por mais desinformado que seja, faria uma xícara com 100 gramas de boldo.


 


CVB – Que reações as pessoas podem ter ao começar a ingerir as ervas?


JL – A única alteração que se tem notado é o aumento da diurese pela eliminação das moléculas de gordura a nível renal bem como um aumento do bolo fecal pelo processo a nível intestinal de eliminação de toxinas.


 


CVB – Quanto custa ingressar no programa?


JL – Varia de pesquisa a pesquisa, mais nada que as pessoas não possam ter acesso, vale ressaltar que é bem menor que os estragos indiretos causados pelos indivíduos endomorfos. Uma vez que é melhor a prevenção.


 


CVB – Até quantos quilos a pessoa pode perder por mês?


JL – É eliminar e não perder, por que? Porque quando você elimina algo de você não há como encontrá-lo de volta, logo vai ganhar na eliminando cerca de 5 a 8 quilos/mês, dependendo de grau de intoxicação que o organismo metabólico apresenta.


 


CVB – No caso de um obeso mórbido, o programa bilateral funciona? De que maneira? Mesmo ele tendo que perder 50kg?


JL – Na verdade no obeso mórbido podemos melhorar a sua capacidade metabólica pelo seu avançado quadro de limitação que o seu corpo apresenta.