SerMulher completa 100 dias com mais de 1,4 mil aracajuanas alcançadas e 117 ações realizadas

A Secretaria Municipal do Respeito às Políticas para as Mulheres (SerMulher) chega aos 100 dias de criação com um saldo expressivo: 117 ações voltadas para as aracajuanas, alcançando mais de 1.420 mulheres. Além disso, foram 87 participações em eventos, encontros e atividades de panfletagem, realizadas em diversos espaços — ruas, ônibus, canteiros de obras, órgãos públicos, empresas e instituições do terceiro setor — além de reuniões para o fortalecimento de parcerias.

O trabalho começou ainda antes da implantação oficial da SerMulher, durante o Forró-Caju, quando a secretária Elaine Oliveira, junto à Patrulha Maria da Penha e ao Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cram), levou a campanha “Não é Não” às ruas.  “Naquele momento, entendemos que precisávamos começar a mostrar à população que a gestão estava criando uma secretaria voltada para as mulheres. Abraçamos a campanha ‘Não é não’, conversando com mulheres, homens e distribuindo material educativo”, explica a secretária Elaine Oliveira.

Antes mesmo da estruturação formal, a SerMulher também atuou em casos de acolhimento e acompanhamento de uma mulher em situação de rua, vítima de abuso sexual, e de duas jovens que sofreram importunação. “Entramos em ação junto com as Secretarias de Assistência e Saúde, o Cram, e a Delegacia de Grupos Vulneráveis. A mulher em situação de rua foi acompanhada até o retorno ao seu estado de origem e hoje está com a família. Já as duas jovens tiveram o acompanhamento da nossa equipe em todas as etapas das oitivas na delegacia”, relata a secretária.

Após o ciclo junino, o foco foi ouvir as demandas das mulheres de Aracaju e transformar essas escutas em políticas públicas. Assim nasceu o SerMulher Escuta, com sua primeira edição em julho, com as marisqueiras da Colônia Z-1. “Foi um momento muito importante para conhecer de perto a realidade desse grupo e planejar políticas públicas de acordo com suas necessidades. Também realizamos outra escuta com as marisqueiras da Coroa do Meio”, acrescenta Elaine Oliveira.

Ao aceitar o convite da prefeita Emília Corrêa para comandar a recém-criada pasta, Elaine Oliveira sabia do desafio de “escrever uma nova página” na história das políticas para as mulheres de Aracaju. “Em agosto, começamos de fato a existir e abraçamos o Agosto Lilás, mês de combate à violência contra a mulher. Iniciamos o trabalho de dentro para fora, levando conscientização aos órgãos públicos municipais e também às ruas, terminais, canteiros de obras e coletivos. Acreditamos que o enfrentamento à violência contra a mulher exige a atitude de todos”, destaca.

Visando ampliar a escuta, foi implantada a Ouvidoria da Mulher, um canal aberto de acolhimento e mediação, para receber todos os tipos de demandas, desde solicitações, sugestões, reclamações, elogios, denúncias. Os encaminhamos são recebidos, respeitando o sigilo, com o compromisso de dar retorno a quem enviou.

Com 100 dias de atuação, a secretaria já soma ações de grande alcance como o SerMulher Escuta, o SerMulher Qualifica, o Tamo Junto Aracaju e as Rodas Terapêuticas, além de panfletagens e mobilizações educativas. “Estamos indo até as mulheres para que saibam que a SerMulher foi criada para acolhê-las e apoiá-las de forma integrada. Essa é a proposta da prefeita Emília Corrêa: fazer com que o trabalho da secretaria apresente resultados concretos para as mulheres aracajuanas”, reforça a secretária.

Entre os resultados já alcançados, estão a inserção de duas mulheres assistidas pelo Cram no mercado de trabalho e a criação de um grupo de acolhimento para mulheres com fibromialgia, demanda que surgiu a partir de uma edição do SerMulher Escuta dedicada a esse público.

Encerrando os 100 dias de atividades, a SerMulher consolida mais uma política pública: a implantação da Sala Azul, destinada a acolher grupos reflexivos para autores de violência doméstica. O projeto, desenvolvido há 14 anos pelo Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE), reduziu a reincidência da violência doméstica de 60% para 6,7% e, agora, passa a ser política pública municipal. “O trabalho está apenas começando. Toda a equipe da SerMulher atua com o propósito de colocar em prática o que determina a lei de criação da secretaria: programar, acompanhar, controlar e executar ações voltadas às mulheres. Estamos em constante construção, e nossa evolução será permanente, ouvindo e atendendo as demandas das aracajuanas”, conclui Elaine Oliveira.

100 dias da SerMulher

Ações realizadas:
117 ações voltadas para as mulheres
87 reuniões, ações externas e busca de parcerias
18 ações voltadas para homens (grupos reflexivos da Sala Azul)

Público alcançado:
1.420 mulheres
34 homens

Principais programas e resultados

SerMulher Escuta:
7 ações
329 mulheres ouvidas

SerMulher Qualifica:
2 cursos
27 mulheres formadas
2 mulheres inseridas no mercado de trabalho

Campanhas temáticas:
Agosto Lilás: 4 ações | 137 mulheres alcançadas
Setembro Amarelo: 5 ações | 62 mulheres alcançadas
Outubro Rosa: 45 Unidades de Saúde da Família (USFs) visitadas | 646 mulheres alcançadas

Programas e ações de cuidado:
Tamo Junto Aracaju: 3 edições | 83 mulheres atendidas
Rodas Terapêuticas (fibromialgia): 3 rodas | 48 mulheres atendidas
Atendimento psicológico: 25 mulheres
Atendimento nutricional: 17 mulheres

Casos de acolhimento e proteção:
1 caso de abuso sexual (mulher em situação de rua)
2 casos de importunação sexual (adolescentes)

Sala Azul – política pública municipal:
17 atendimentos individuais
14 participantes ativos no grupo reflexivo

Texto e foto: Ascom SerMulher