Com a adoção de medidas que qualificam o atendimento, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) tem conseguido também atender um número maior de pacientes que recebem remédios no Centro de Atenção à Saúde (Case). Entre os meses de janeiro e maio do ano passado, a média de pessoas beneficiadas por mês pelo serviço girava em torno de 5.500, número que saltou para 8.500 no mesmo período deste ano. O investimento na área é superior a R$ 3 milhões, sendo que cerca de R$ 1 milhão é financiado pelo Ministério da Saúde. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho, o aumento resulta da organização do processo de trabalho e da conduta transparente na realização dos procedimentos. “Atendemos a todos que nos procuram, sem qualquer distinção. Temos usuários encaminhados pelas secretarias municipais de saúde, pelo Ministério Público, pacientes da rede hospitalar, demanda espontânea, enfim, não importa o meio, o acesso é igualitário”, comentou Rogério. Uma importante medida adotada pelo Centro, e que reflete positivamente no fluxo de pacientes na unidade, é a entrega de medicamentos em domicílio. Desde março estão sendo beneficiados com a iniciativa pacientes renais crônicos, transplantados e os que sofrem de osteoporose. “São pessoas que normalmente têm alguma dificuldade de locomoção ou que estão acamadas. A idéia é expandir a iniciativa e contemplar pacientes que sofrem de outras patologias crônicas”, explicou o coordenador geral do Case, Alex França. Cerca de 180 itens são dispensados pela unidade, dos quais 130 estão descritos na Portaria GM nº. 2577, do Ministério da Saúde, que regula todo o processo de dispensa dos medicamentos. “São remédios de alto custo e uso contínuo. Existem ampolas que chegam a custar até R$ 5 mil e comprimidos cujas caixas custam R$ 2 mil cada. A renda familiar desses pacientes, em relação ao custo dos medicamentos, é incompatível para que eles façam o tratamento de forma ininterrupta”, acrescentou o coordenador. Segundo ele, outro importante passo para dinamizar o atendimento e desafogar o fluxo de pacientes na unidade está sendo acordado com os municípios. “Estamos em contato com as regionais de Saúde do Estado para que os pacientes do interior não precisem mais se deslocar até Aracaju para buscar os remédios. Queremos que um servidor da secretaria municipal seja designado para fazer esse trabalho”, disse Alex França. Órtese e prótese Além de fornecer medicamentos de alto custo, o Case atende solicitações de próteses ortopédicas e auditivas, órteses e meios auxiliares de locomoção para pessoas que vivem com deficiência. Nos primeiros cinco meses deste ano, 1.084 aparelhos foram concedidos a cidadãos da capital e do interior. Somados às 2.550 unidades entregues no final do ano passado, o total de aparelhos adquirido com recursos próprios é praticamente duas vezes maior que o quantitativo de 1.157 concedido entre 2004 e 2006. São aparelhos auditivos, braços e pernas mecânicas, próteses oculares, cadeiras de roda, andadores, bengalas e muletas, entre outros aparelhos. Além da entrega, a Secretaria garante todo o acompanhamento necessário aos pacientes. “Temos uma equipe de cinco fisioterapeutas que faz visitas domiciliares para ver como essas pessoas estão se adaptando à nova realidade”, concluiu o coordenador.